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Lucro da REN cai 13,7% para 100 milhões em 2016
A REN - Redes Energéticas Nacionais fechou 2016 com um lucro de 100,2 milhões de euros, uma queda de 13,7% face ao ano anterior, o que é justificado com ganhos não recorrentes registados em 2015.
© Lusa
Economia Empresas
Em comunicado ao mercado, a empresa liderada por Rodrigo Costa explicou que em 2015 teve ganhos não recorrentes com a venda da participação na Enagás - em que a REN arrecadou 16,1 milhões de euros - e um crédito fiscal de 9,9 milhões de euros.
De forma negativa, pesou a manutenção da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE) no valor de 25,9 milhões de euros.
Sem impactos extraordinários, o resultado líquido da REN cresceria 6,8% em 2016 para os 126,1 milhões de euros.
No mesmo período, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) situou-se nos 476 milhões de euros, uma queda de 2,8% face ao mesmo período de 2014, explicada também pelos ganhos com a venda da participação da Enagás em 2015 e a redução da remuneração dos ativos de gás natural à luz do novo quadro regulatório.
Em 2016, o investimento realizado pela REN caiu para 171,5 milhões de euros face aos 240,4 milhões registados no homólogo, depois de em 2015 a gestora das redes ter adquirido duas cavernas de armazenamento subterrâneo de gás natural, anteriormente pertencentes à Galp Energia, que representaram um investimento de 70 milhões de euros.
Na sequência desta aquisição, a REN passou a deter a totalidade das infraestruturas de armazenamento subterrâneo de gás natural em Portugal.
A dívida líquida da REN manteve-se estável nos 2.477 milhões de euros em 2016 face ao ano anterior. No mesmo período, o custo médio da dívida recuou para 3,2% face aos 4,1% de 2015.
"Foi mais um ano dentro do esperado e de cumprimento do plano", afirmou hoje em conferência de imprensa o administrador financeiro da REN, Gonçalo Morais Soares, realçando o trabalho na redução do custo da dívida.
Em fevereiro, a REN adquiriu uma participação de 42,5% no capital social da Electrogas, no Chile, por 180 milhões de dólares, suportada por linhas de crédito existentes, cumprindo o plano que previa a internacionalização da empresa.
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