Défice: "Estão criadas as condições para Portugal sair da lista negra"
Luís Marques Mendes analisa os números do défice em 2016: 2.1%.
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Economia Marques Mendes
Portugal conseguiu um défice em 2016 de 2.1%, o que, na ótica do Governo, é o "mais baixo da história da democracia" do nosso país. Esse foi um dos temas analisado por Marques Mendes na SIC, onde habitualmente comenta a atualidade aos domingos.
Não negando ser "uma ótima notícia", o social-democrata não perdeu ainda assim a oportunidade de lembrar que "no passado, Pedro Passos Coelho foi criticado por ir além da Troika" e que "agora, os mesmos que o criticavam vão além do défice exigido", fazendo uma alusão à conhecida expressão da última legislatura em que a Oposição cismava em dizer que o Governo de Passos Coelho "foi além da Troika".
Reafirmando ser "um grande resultado, sobretudo, quando há um ano ninguém imaginava que fosse possível", Marques Mendes aponta, no entanto, que este valor foi conseguido "não pela forma mais sustentável", nomeadamente graças a "um corte brutal no investimento público, algum estrangulamento financeiro de serviços público, um bocadinho de receitas extraordinárias" mas que, ainda assim, não deixa de ser "uma grande vitória para Portugal".
Na sua ótica, "o Governo percebeu que tinha mesmo que cumprir as exigências de Bruxelas, que para ganhar autoridade, porventura teria de ir mais longe" e que, por isso, "usou todos os instrumentos que tinha à sua disposição para conseguir este objetivo".
É por isso que, diz, agora "estão criadas todas as situações para que, no mais tardar no mês de Maio, Portugal saia da lista negra".
Por fim, Marques Mendes disse que, para este objetivo, o Governo ainda "teve uma ajuda inesperada da oposição", visto que "a Oposição andou, durante muitos meses, a dizer que o défice abaixo de 3% não vai ser alcançado".
"Quando a Oposição baixa as expectativas, elas são superadas e a vitória do Governo é mais acentuada", rematou.
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