Fórum Ambiental, Social e Económico nasce para mostrar outros caminhos
Um grupo de 360 ativistas sociais e 60 organismos coletivos juntaram-se para criar o Fórum Ambiental, Social e Económico para dar voz a quem não a tem, torne visíveis iniciativas da sociedade civil e crie uma agenda política.
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Economia Ativista
Hoje, durante a tarde, decorreu a primeira assembleia de subscritores, em Lisboa, onde foi apresentado um manifesto e criada a comissão coordenadora, num arranque que conta com entidades como a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local (ANIMAR), a Rede Portuguesa de Economia Solidária, a SOS Racismo ou a Liga Operária Católica, além de associações ambientalistas como a Zero, o Geota, a Climáximo ou a Oikos.
Em declarações à agência Lusa, um dos membros da comissão organizadora explicou que o Fórum Ambiental, Social e Económico (FASE) tem três objetivos principais, desde logo trazer para a discussão pública "a voz dos que não têm voz ou a voz dos que no local se preocupam com os problemas ambientais, sociais e económicos".
"O segundo objetivo é tornar visíveis iniciativas que já existem na sociedade civil e que mostram que há outros caminhos para enfrentar problemas", adiantou Rogério Roque Amaro.
Em terceiro lugar, o FASE pretende propor uma agenda política que resulte destes movimentos da sociedade civil, fazendo "propostas de ação e de caminho que tenham não só impacto a nível macro, mas também de ação política mais descentralizada, por exemplo, ao nível local", adiantou.
Rogério Roque Amaro explicou que o FASE pretende concentrar as componentes económica, social e ambiental com vista a começar uma "nova fase de mobilização e discussão na sociedade portuguesa", tendo em conta o processo histórico dos fóruns sociais mundiais, uma vez que eles próprios foram um meio para "criar novos mecanismos na discussão pública ao nível global e local".
"Por outro lado, que tenha em conta aquilo que é o processo de discussão que teve início no ano passado, a partir do Parlamento Europeu, da discussão de caminhos alternativos para a economia e que não sejam meramente economia de mercado e a economia pública", acrescentou.
Ou seja, explicou, conseguir uma economia que tenha outros objetivos e que se concilie com o ambiente e com as questões sociais.
De acordo com Rogério Amaro, o processo para a criação deste Fórum está em curso, e conta com cerca de 360 subscritores individuais e cerca de 60 organizações coletivas.
O responsável fez questão de sublinhar que esta não é uma iniciativa pontual e que não se está apenas a organizar um evento, revelando que está já marcada uma assembleia magna para 27 e 28 de maio, além de se pretender que haja um processo de discussão pública e o levantamento de iniciativas.
Rogério Roque Amaro explicou ainda que a criação do FASE "é a convergência de dois processos", desde a inspiração nos fóruns sociais mundiais e da realização do primeiro fórum social português, em 2003, que não tiveram continuidade.
Por outro lado, a organização, em janeiro de 2016, pelo grupo das esquerdas no Parlamento Europeu, do Fórum Europeu da Economia Social e Solidária e de onde saiu a incumbência de levar para cada um dos países organizações semelhantes.
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