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Credores da Oi anunciam oposição ao novo plano de recuperação judicial

Dois dos principais grupos de credores com títulos da dívida da empresa de telecomunicações brasileira Oi que foram emitidos no exterior disseram hoje que se opõem aos novos termos do plano de reestruturação anunciado no passado dia 22.

Credores da Oi anunciam oposição ao novo plano de recuperação judicial
Notícias ao Minuto

20:58 - 24/03/17 por Lusa

Economia Operadora

Assessorados pelo banco de investimentos Moelis & Company e pela consultoria G5/Evercore, estes credores detém cerca de seis mil milhões de dólares (5,6 mil milhões de euros) em títulos de dívidas da empresa.

Num comunicado divulgado à imprensa, estes credores alegam que verificaram os ternos do novo plano de recuperação da Oi e "os termos propostos, como os apresentados em setembro, deixam de tratar os credores de forma justa e equitativa, enquanto promovem os interesses de seus atuais acionistas, em detrimento de todas as outras partes interessadas".

Estes investidores afirmaram que a proposta não foi previamente negociada com os credores internacionais e que eles estão "extremamente desapontados porque, após nove meses desde o pedido de recuperação judicial, o grupo Oi continua a não se envolver em negociações com os Grupos de Bondholders".

A oposição também seria compartilhada pela FTI Consulting, instituição que assessora agências e bancos internacionais que também possuem títulos da dívida da empresa brasileira.

"O Grupo FIT também entende que os Termos Proposto são inaceitáveis e demasiadamente favoráveis aos acionistas atuais. Nossos clientes estão muito desapontados que o Grupo Oi deixou de se engajar em negociações antes de divulgar os termos propostos", lê-se no comunicado.

Na conclusão alegam que "a administração e o conselho de administração da Oi continuam a ignorar os melhores interesses do Grupo Oi, na medida em que, entre outros, deixam de propor planos que possam angariar o apoio de seus credores".

A operadora de telecomunicações brasileira Oi entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado porque não conseguiu negociar um total de 65,4 mil milhões de reais (19,5 mil milhões de euros) em dívidas.

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