Administração Trump autoriza polémico oleoduto entre EUA e Canadá
A administração norte-americana autorizou a construção do polémico oleoduto Keystone XL, rejeitado pelo anterior Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e contestado pelos ambientalistas.
© Reuters
Economia Matérias-Primas
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, anunciou na rede social Twitter que Trump fará um anúncio sobre esta decisão às 10h15 (em Washington, 14h15 em Lisboa).
O Departamento de Estado norte-americano decidiu que a construção de Keystone XL, pela empresa canadiana TransCanada, serve o interesse nacional dos EUA, uma conclusão oposta àquela a que tinha chegado durante a administração de Obama.
Segundo o Departamento de Estado, a posição teve em conta a política externa e a segurança da energia.
A autorização foi assinada por Tom Shannon, um diplomata que ocupa o cargo de subsecretário de Estado para os Assuntos Políticos.
O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, recusou envolver-se neste processo, devido às suas antigas responsabilidades na Exxon Mobil, empresa multinacional de petróleo e gás dos EUA.
Com uma extensão de 1.900 quilómetros, dos quais 1.400 nos Estados Unidos e os restantes no Canadá, o Keystone XL visa transportar petróleo bruto extraído das areias betuminosas de Alberta, no oeste do Canadá, para o Estado do Nebraska, no centro dos Estados Unidos, de onde será enviado para as refinarias americanas no golfo do México.
Em finais de 2015, e sete anos depois do primeiro pedido para o licenciamento do oleoduto, Obama rejeitou o projeto Keystone XL e provocou a irritação dos republicanos.
O então Presidente norte-americano considerou que o projeto não era do interesse nacional do país e que enfraquecia a liderança americana na luta contra as alterações climáticas.
Durante a campanha eleitoral das presidenciais americanas, uma das promessas de Trump foi o relançamento do projeto Keystone XL.
Os ambientalistas afirmam que o petróleo produzido nas areias contém uma componente prejudicial e corrosiva -- o betume -, que pode facilitar ruturas ou fugas de oleodutos e acarretar maiores riscos para a saúde e segurança.
O projeto também foi contestado por grupos de nativos norte-americanos, que afirmam que o oleoduto profana terras tribais e ameaça reservas de água potável.
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