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Lesados do Banif protestam acorrentados contra tratamento desigual

Manifestantes estarão desagradados com a forma como o seu caso está a ser tratado e protestam acorrentados.

Lesados do Banif protestam acorrentados contra tratamento desigual
Notícias ao Minuto

07:50 - 20/03/17 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia Banco

Clientes lesados pelo Banif protestam esta segunda-feira, acorrentados, contra o tratamento desigual em relação aos lesados do BES, na Avenida Calouste Gulbenkian, em Lisboa, frente ao edifício do Santander Totta, avança a RTP3.

Os manifestantes estavam pelas 07:30 a colocar cartazes onde se podem ler frases como "Retirem o vosso dinheiro, o Santander Totta é espanhol", "A resolução do Banif é igual à segunda invasão espanhola" e "Resolução do Banif foi um circo, nós não somos palhaços".

Os lesados do Banif consideram que o Santander, com a resolução do Banif e a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, é também co-responsável pela sua situação.

Em 20 de dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif -- Banco Internacional do Funchal, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos - incluindo 'tóxicos' - para a nova sociedade veículo.

Em declarações á Lusa no local, Jacinto Silva, da associação dos lesados do Banif - Alboa, afirmou: "Estamos aqui para fazer ver o Santander Totta que tem de se sentar à mesa e negociar de uma vez por todas com os lesados".

"Estamos acorrentados e não vamos parar os protestos até resolvermos os nossos problemas", acrescentou, referindo-se às 15 pessoas que se prenderam com correntes e algemas aos postes da avenida, frente ao edifício do banco.

Já em fevereiro, o presidente da Comissão Executiva do Santander Totta disse, nos Açores, após uma audiência com o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, que estava a ser estudada a situação dos clientes do ex-Banif subscritores de obrigações subordinadas, que totalizam 3.500 em todo o país com valores de 263 milhões de euros.

Desde o início de 2017 que o grupo de trabalho dos lesados do papel comercial se reúne regularmente para operacionalizar a solução encontrada no final do ano passado para compensar os mais de 4 mil clientes que investiram, aos balcões do BES, 434 milhões de euros em papel comercial das empresas Espírito Santo Financial e Rio Forte, do Grupo Espírito Santo (GES), poucos meses antes do colapso deste. No mês passado, o grupo começou inclusivamente a recolher várias reclamações para fazer um processo e entregar à CMVM.

Desentendimento com Santander

Também hoje a associação que representa os lesados do Banif (Alboa) anunciou que suspendeu e reformulou os seus suportes de comunicação, depois de o Santander Totta ter considerado abusiva a utilização do nome, marca e imagem do banco.

Numa carta de resposta à missiva que tinha recebido na semana passada dos escritórios de advogados que representam o banco, apesar de considerar "desapropriado e ameaçador" o tom em que a missiva foi feita, a Alboa explica que cumpriu os três dias que o Santander tinha imposto para que as referências ao banco fossem retiradas.

Na carta de resposta, a que a Lusa teve acesso, a Alboa adianta que "os lesados do Banif ou os Antigos Clientes do Banif "viram as suas situações financeiras transitadas para o Banco Santander Totta, de uma forma unilateral, com alteração das cláusulas contratuais das suas contas".

"O Banco Santander Totta manifestou interesse no Banif, pelo menos desde julho de 2015 e aceitou o negócio em dezembro seguinte, prescindindo da Due Diligence. Correram o risco para ganhar dinheiro. Um desses riscos seria sempre a animosidade e a insatisfação dos 'Antigos Clientes do Banif'", explica a Alboa.

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