A 'fat tax' do Reino Unido está a resultar. E ainda nem entrou em vigor
Em terras britânicas, a mera ameaça de uma taxa sobre o açúcar foi suficiente para fazer as marcas mudarem o paradigma.
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Economia Impostos
Ainda falta mais de um ano para a nova 'fat tax' do Reino Unido entrar em vigor, mas as marcas parecem estar tão preocupadas com a perspetiva de perder receitas que já estão a reduzir ativamente a quantidade de açúcar nas bebidas.
Até os gigantes Coca-Cola, Pepsi e Lucozade assumiram a intenção de reduzir de forma significativa o açúcar adicionado aos produtos durante os próximos anos, de forma a escapar à influência do Fisco e evitar uma enorme perda de receitas num dos mercados mais importantes do mundo.
Durante a apresentação das previsões fiscais para o próximo ano o diretor do Tesouro do Reino Unido, Phillip Hammond, revelou que a expectativa de receita fiscal com a taxa sobre o açúcar tinha sido revista em baixa e explicou com satisfação porquê: "Os produtores já estão a reformular as bebidas para terem menos açúcar, o que significa uma previsão mais baixa para as receitas com este importo.
Hammond assumiu-se "encantado" com a mudança de paradigma e garantiu que a perda de receitas não é preocupação por significar um potencial aumento da saúde dos britânicos.
Como recorda a CNN, as regras que serão aplicadas no Reino Unido implicam o pagamento de um imposto de 0,18 libras (20 cêntimos de euro) por litro nas bebidas com 5 a 8 gramas de açúcar por 100 mililitros e o pagamento de 0,24 libras (27 cêntimos de euro) por litro nos refrigerantes com mais de 8 gramas de açúcar por cada 100 mililitros.
A título de exemplo, a Coca-Cola clássica e a Pepsi comum têm na atual fórmula mais de 10 gramas de açúcar por cada 100 mililitros, o equivalente a um pacote de açúcar e meio e suficiente para garantir que ambas as bebidas seriam colocadas no patamar mais alto do imposto.
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