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"Carlos Costa agiu de forma tardia, mas agiu", recorda Marques Mendes
Na antena da SIC, Marques Mendes explicou que Carlos Costa foi o único com coragem para agir perante Ricardo Salgado.
© Global Imagens
Economia Comentário
No seu comentário habitual no ‘Jornal da Noite’, Marques Mendes comentou um dos temas da semana, depois da reportagem da SIC - ‘Assalto ao Castelo’ - ter reforçado a ideia de que o Banco de Portugal poderia ter agido mais cedo no caso BES.
Para começar o tema, o social-democrata revelou a sua opinião sobre Ricardo Salgado, o homem conhecido como o ‘Dono Disto Tudo’. “Fica confirmado ou reforçado que Ricardo Salgado é uma espécie de génio do mal, ou seja, não é nenhum amador, é um grande profissional, talentoso. O génio às vezes dá para o lado bom, outras vezes para o lado mau”, atira o comentador.
Nesta senda, “percebe-se [agora] ainda melhor porque é que o BES nunca quis recorrer ao dinheiro da Troika, porque as regras impunham que um administrador do Estado fosse para dentro do BES e aí podia descobrir, ver as fraudes, as burlas e fosse o que fosse”.
Por outro lado, Marques Mendes realça que o Banco de Portugal é a instituição que sai “maltratada neste filme” e frisando que, na sua opinião, “o governador do Banco de Portugal devia tomar a iniciativa de pedir a sua ida ao Parlamento para explicar e esclarecer as novas dúvidas e questões”.
“Acho que o BdP agiu de forma tardia, devia ter agido seis, sete, oito meses antes. Isto não chega para estar a crucificar Carlos Costa. Ele agiu de forma tardia, mas agiu. Foi mesmo a única pessoa em Portugal que afrontou Ricardo Salgado e que correu com ele”, salvaguardou Marques Mendes.
“Hoje é fácil, mas naquela altura era o senhor todo poderoso, toda a gente lhe prestava vassalagem. Carlos Costas foi o único que disse ‘Acabou! Sai e sai mesmo’ e, portanto, houve coragem. É mais fácil criticar o governador do BdP do que Ricardo Salgado”, conclui.
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