Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
17º
MIN 13º MÁX 19º

Imobiliárias e bancos antecipam crescimento no crédito à habitação

As mediadoras imobiliárias e vários bancos nacionais antecipam que continue, em 2017, a tendência de crescimento no crédito habitação, mas sem se alcançarem níveis de anos passados.

Imobiliárias e bancos antecipam crescimento no crédito à habitação
Notícias ao Minuto

10:45 - 26/02/17 por Lusa

Economia Imóveis

Segundo o Banco de Portugal, em 2016, os bancos disponibilizaram 5.790 milhões de euros em crédito à habitação, traduzindo um crescimento de 44,28% face aos 4.013 milhões de euros registados em 2015.

Fonte do Millenium BCP afirmou a expectativa da tendência de crescimento, mas "com valores de produção ainda distantes dos registados há uma década".

Entre os principais motivos para a evolução positiva estão as taxas de juro historicamente baixas, a estabilização/redução da taxa de desemprego e o aumento do índice de confiança dos consumidores, segundo o banco, que explica que a atual concessão de crédito decorre "maioritariamente de transações de imóveis usados, e não de nova construção, que é neste momento mais reduzida do que a verificada há 10 anos".

O Santander Totta assumiu-se à Lusa "otimista" acerca da evolução do mercado e acredita haver margem para o banco continuar a crescer neste mercado, "até porque os valores atuais estão bastante abaixo dos registados no passado".

"'Spreads' [margem de lucro dos bancos] mais baixos e uma economia a apresentar sinais positivos" contribuirão para o crescimento, segundo fonte do Santander Totta, que informou como os novos empréstimos revelaram "grande dinamismo" em 2016, "o que se traduziu numa quota de mercado de cerca de 19%".

"Se tomarmos em conta um período mais largo, de 2008 a 2016, o Santander Totta concedeu 7.100 milhões de euros de crédito a particulares", informou.

A Caixa Económica Montepio Geral indicou que o dinamismo no setor imobiliário começou desde finais de 2015 e a expectativa é de continuar a crescer em 2017, dada a "valorização do imobiliário e a tendência do aumento da procura".

A área de crédito do Bakinter recordou, por seu lado, que 2016 foi o ano em que se inverteu a tendência de redução da oferta e da procura de crédito, "com o retomar dos níveis de confiança e com os primeiros sinais dados por bancos como o Bankinter, mais resilientes e com melhores estruturas de capital, de que este é um mercado onde pretendem investir".

O Banco Popular afirmou, por sua vez, que "neste início de ano não há quebras na concessão de crédito à habitação", mas que não dispõe de dados para antever o resto do ano.

Pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), o presidente, Luís Lima, disse que "o setor financeiro já tem revelado vontade em apostar mais neste tipo de produto, confirmando deste modo a existência de um setor imobiliário pujante, seguro e com perspetivas de crescimento".

À Lusa, o responsável observou a falta de financiamento na construção, o que "poderá levar a uma eventual subida dos preços no imobiliário português", por se estarem a esgotar as opções, sobretudo nos centros das cidades.

"É preciso que haja construção nova que promova a estabilização de preços, o que será benéfico para o mercado que, em algumas localizações, necessita de aliviar os preços praticados, até para evitar eventuais bolhas especulativas", acrescentou.

No seu balanço de 2016, a rede imobiliária Century 21 referiu que o crédito à habitação, além de impulsionar o mercado imobiliário residencial, "permitiu que muitas famílias portuguesas regressassem ao mercado", especialmente nas periferias.

O administrador da Century 21 Portugal, Ricardo Sousa, disse à Lusa que a rede cresceu "55% em volume de crédito à habitação, canalizado para parceiros, face ao volume registado em 2015".

"Para 2017, o nosso objetivo é incrementar em 50% o volume de crédito à habitação verificado em 2016", resumiu.

A rede ERA prevê que o crédito à habitação continue a crescer entre 25% e 30% na concessão por parte dos bancos em Portugal, "mas com critérios de risco controlados".

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório