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Países com sucesso afastaram "querelas táticas" do sistema bancário

O Presidente da República defendeu hoje que quem tem ou teve responsabilidades políticas sabe que uma das chaves de sucesso noutros países europeus passou por não introduzir "querelas táticas, particularistas e menores" no domínio do sistema bancário.

Países com sucesso afastaram "querelas táticas" do sistema bancário
Notícias ao Minuto

20:11 - 23/02/17 por Lusa

Economia Marcelo

No encerramento da Conferência "Moldar o Futuro - O Imperativo do Crescimento", organizada em Lisboa pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), e que contou com a presença do ministro das Finanças, Mário Centeno, o PresidenteMarcelo Rebelo de Sousa elencou aquelas que considerou serem "matérias sensíveis" para este ano, elegendo como "terceiro problema o do sistema bancário", cuja consolidação "é essencial ao financiamento da economia".

"Foi uma empreitada complexa em 2016, que prossegue em 2017 e cujos efeitos estabilizados só serão totalmente visíveis nos próximos anos. Sabendo aqueles que tiveram, têm ou terão responsabilidades governativa que uma chave do sucesso noutras democracias europeias - a começar nas nossas vizinhas - residiu em não introduzir, neste domínio, querelas táticas, particularistas, menores, perante o interesse nacional", avisou.

À saída, questionado pelos jornalistas sobre se ainda estava zangado com o ministro das Finanças depois da polémica que envolveu Mário Centeno e o antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos, o Presidente da República respondeu apenas: "eu nunca estou zangado com ninguém. Sou uma pessoa com o melhor feitio do mundo".

No discurso na cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa recordou que durante este lapso do tempo "o poder político foi chamado a uma intervenção bem mais evidente do que era porventura usual".

"E o poder político interveio mesmo. Pelo magistério de influência ou de mediação, pelo exercício de poderes em processos legislativos ou administrativos qualificados, pelo constante contacto com entidades privadas e públicas, internas e externas, para explicar a situação nacional", considerou.

Na opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, este poder político "poderia ter optado pela posição mais cómoda de se preservar, em benefício de um alegado ou hipotético reforço da autoridade para decisões de emergência última, ou para juízos históricos acerca dos desconcertos do sucedido".

"Mas escolheu não correr o risco de ser acusado de pecar por omissão, em especial num domínio como o financeiro em que a celeridade dos factos converte com frequência assinalável a extemporaneidade das intervenções em penosas e dispendiosas certidões de óbito", justificou.

O chefe de Estado quer, por isso, que "se garanta, daqui até ao fim do processo de consolidação, a preocupação de encontrar todas as melhores vias possíveis para fazer prevalecer o interesse nacional".

Entre as matérias sensíveis para este ano estão ainda, segundo o chefe de Estado, a estabilidade política e a dívida pública.

"O uso instrumental do tema [da dívida pública nas picardias conjunturais é dispensável, ademais se desacompanhado de pistas realistas, prudentes e discretas da sua ponderação", condenou.

Em relação à estabilidade política, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que esta é, em Portugal, "um trunfo de peso", avisando que a instabilidade seria "um custo monumental".

"Estabilidade política significa ausência de crises políticas, num tempo em que o respeito das legislaturas ganha maior importância. Significa ainda Governo forte, mas oposição ou oposições não menos fortes", sublinhou.

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