Crescimento abranda para 1,4%... mas ainda assim ultrapassa estimativas
Dados divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística acabaram por ficar ligeiramente acima do previsto pelo Governo e analistas, mesmo com um desempenho negativo do consumo e do investimento.
© Reuters
Economia INE
O caminho pode não ter sido o inicialmente previsto pelo Governo, mas a verdade é que, contas feitas, o crescimento da economia portuguesa no ano passado ficou acima do estimado no Orçamento, nas previsões da Comissão Europeia, do FMI e de vários especialistas ouvidos pela agência Lusa.
"Em 2016, o PIB aumentou 1,4% em volume, menos 0,2 pontos percentuais que o verificado no ano anterior", revela o Instituto Nacional de Estatística, antes de levantar o véu sobre o desempenho de algumas áreas específicas da economia nacional: "O contributo da procura interna para a variação do PIB diminuiu, refletindo a redução do Investimento e, em menor grau, a desaceleração do consumo privado. A procura externa líquida apresentou um contributo significativamente menos negativo que em 2015".
Os resultados finais positivos foram obtidos graças a um crescimento de 1,9% do PIB nos últimos três meses do ano passado, o melhor trimestre de crescimento em Portugal desde janeiro a março de 2014, quando a economia registou a mesma subida. É preciso recuar seis anos, até 2010, para encontrar um melhor desempenho trimestral.
"Esta aceleração do PIB resultou do aumento do contributo da procura interna, observando-se uma recuperação do Investimento e um crescimento mais intenso do consumo privado. O contributo da procura externa líquida foi negativo, contrariamente ao observado no trimestre anterior, refletindo a aceleração mais acentuada das Importações de Bens e Serviços em volume que a das Exportações de Bens e Serviços", explica o INE no destaque estatístico divulgado esta manhã.
"Comparativamente com o 3º trimestre, o PIB aumentou 0,6% em termos reais (variação em cadeia de 0,8% no trimestre anterior). O contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB passou de negativo no 3º trimestre para positivo, traduzindo, principalmente, a evolução do Investimento. Em sentido contrário, a procura externa líquida passou a registar um contributo negativo, observando-se um forte aumento das importações totais."
[Notícia atualizada às 10h05]
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