Troika em Nicósia na terça-feira para supervisionar resgate
Um grupo de técnicos da ‘troika’ vai chegar a Nicósia na próxima terça-feira na primeira vista depois da assinatura do resgate para supervisionar a aplicação do memorando, informaram fontes do ministério da Economia cipriota.
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Economia Chipre
Segundo as fontes, os técnicos da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) deverão reunir-se com representantes do banco central de Chipre, da banca privada e do ministério da Economia.
Uma das questões centrais é a reestruturação do sistema bancário, com a reforma da maior entidade financeira cipriota, o Banco de Chipre, e a liquidação da segunda maior, o Banco Popular (Laiki).
Os titulares de depósitos superiores a 100.000 euros nestes bancos sofreram perdas até 60% no caso do Banco de Chipre e até 80% no Banco Popular, para financiar a recapitalização da banca.
Com a reestruturação imediata destes dois bancos, o rácio do setor bancário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passará de 550% para 350% e o objetivo é continuar a reduzir esta percentagem através do saneamento das caixas cooperativas.
Por outro lado, a imprensa local assegura que na agenda dos técnicos da ‘troika’ está também o levantamento das restrições dos movimentos de capital que Chipre impôs à banca cipriota para evitar uma descontrolada fuga de depósitos e que estão em vigor desde meados de março.
Bruxelas já pediu ao governo para levantar as restrições quanto antes, mas o ministro da Economia cipriota, Jaris Yeoryiadis, respondeu que isto se deve fazer com "cuidado".
A 25 de março, o Eurogrupo acordou um resgate de 10.000 milhões de euros a Chipre a uma taxa de juro de cerca de 2,5% a 22 anos.
Em troca, além da profunda reestruturação bancária, Nicósia comprometeu-se a obter um excedente primário, ou seja sem incluir o serviço da dívida, de 3% em 2017 e de 4% em 2018.
Para conseguir o excedente, Nicósia vai aumentar o IVA de 17% para 19% em 2014, o IRC de 10% para 12,5% e os impostos sobre os imóveis.
Nicósia também levará a cabo um processo de privatizações com o qual pretende recolher 1.400 milhões de euros até 2018.
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