Num encontro com a imprensa em Lisboa, Paulo Jerónimo explicou que a empresa tem como objetivos para 2017 o reforço da internacionalização, estando "a estudar cinco novos mercados na Europa - Alemanha, Suíça, Reino Unido, Espanha e França-" para abertura de duas sucursais, bem como a abertura de sucursais em países da Lusofonia, caso da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
Segundo responsável e um dos acionistas da Unicâmbio, o "futuro está no digital" e a aposta no reforço da internacionalização tem a ver com o facto de Portugal "estar praticamente esgotado" em termos de crescimento do negócio.
Daí que a Unicâmbio preveja que no prazo de cinco anos os novos mercados representem entre 30% a 40% das receitas da empresa portuguesa que diz ser líder ao nível de câmbios e transferência de divisas no país.
Por sua vez, Carlos Lilaia, outro dos administradores e acionista da Unicâmbio, avançou que a empresa vai também apostar em abrir sucursais em países onde a comunidade portuguesa tem uma forte atividade.
"Estamos ainda a posicionar-nos e a aproveitar para nos desenvolvermos na área digital", salientou ainda o gestor.
Os maiores acionistas da Unicâmbio, Paulo Jerónimo e Carlos Lilaia, que são igualmente seus administradores, revelaram que a empresa de câmbios está já a operar em Angola, através da Unitransfer, com sede em Luanda.
"Temos um plano ambicioso para Angola, mas abrandámos o ritmo de crescimento devido às dificuldades que o país atravessa e que têm repercussão na saída de divisas", salientaram.
No entanto, Angola é um país com "enorme potencial", com uma população "muito jovem", disse o administrador Paulo Jerónimo.
Este ano, a Unicâmbio vai passar a trabalhar com seis novas moedas no seu portefólio de divisas em Portugal, passando para as 50 moedas estrangeiras, ao incluir o peso colombiano, o dólar da Namíbia, o riel cambojano, o peso chileno, além da moeda do Equador e do Panamá.
A Unicâmbio é detentora do Cash4Travel, um cartão multidivisas que pode ser simultaneamente carregado com cinco moedas (euro, libra esterlina, real brasileiro, dólar norte-americano e franco suíço).
"Trata-se de um porta-moedas que permite carregar valores, sem limite de tempo e com absoluto controlo sobre o saldo. Somos a única agência em Portugal com este tipo de cartão. E vamos, este ano, apostar nos canais digitais para uma ainda maior divulgação deste serviço", salientou a agência de câmbios que comemora 25 anos de atividade.
Em 2016, Unicâmbio registou um lucro de um milhão de euros e um volume de negócios de 11,5 milhões de euros, mais 10% do que no ano anterior.
A Unicâmbio opera também na área das transferências de dinheiro, uma vez que é o 'master agent' (parceiro estratégico) da Western Union, empresa de transferências internacionais.