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Protecionismo terá consequências negativas para todo o mundo

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, afirmou hoje que o protecionismo terá consequências negativas para todo o mundo e advertiu que "os mais pobres são os que têm mais a perder".

Protecionismo terá consequências negativas para todo o mundo
Notícias ao Minuto

12:11 - 31/01/17 por Lusa

Economia OMC

Em várias alusões às medidas do novo presidente norte-americano, Donald Trump, Roberto Azevedo insistiu que com o encerramento das fronteiras às trocas comerciais "toda a gente perderá".

O dirigente da OMC reconheceu que a liberalização do comércio internacional também acarreta "um impacto" nem sempre positivo e em particular "nas economias avançadas", por exemplo pela via de uma maior pressão no mercado de trabalho.

Roberto Azevedo - que falava num colóquio organizado pelo Tesouro francês em Paris sobre a abertura comercial, o crescimento e as desigualdades - sublinhou que 80% dos postos de trabalho desaparecem devido às mudanças tecnológicas e não devido à globalização.

"Se se acusa e atribui toda a responsabilidade ao comércio, não serão encontradas boas soluções", argumentou o responsável, antes de defender que "com o protecionismo não se vão melhorar as coisas".

Azevedo avisou ainda que 50% dos empregos nos Estados Unidos "correm o risco de ser substituídos por 'robots'", pediu para que se evitem explicações "simplistas" e considerou que perante este panorama um dos desafios é a formação e a readaptação das competências laborais.

Em relação ao aumento das desigualdades que também se atribuem à abertura de fronteiras, o responsável argumentou que "há muitas assimetrias que resultam de políticas nacionais" e aos mecanismos de redistribuição de riqueza ou à ausência destes.

"Não podemos ignorar esses desafios" e "é preciso encontrar soluções", mas isso não se conseguirá através do encerramento das fronteiras", sendo "necessário ver como repartir os ganhos, reduzir as assimetrias induzidas".

Sobre esta questão, o economista-chefe do Banco Mundial, Paul Romer, indicou que, entre 1990 e 2010, o índice de desigualdade aumentou significativamente nos Estados Unidos e diminuiu na Dinamarca com as mesmas evoluções tecnológicas, mostrando que políticas diferentes têm consequências diferentes.

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