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"O Governo que apresente as propostas, cá estaremos para nos pronunciar"
CGTP é o único parceiro social que não assinou acordo que resultou no aumento do salário mínimo e redução da TSU para empresas.
© Global Imagens
Economia Arménio Carlos
A CGTP foi recebida esta quarta-feira pelo Presidente da República, no dia em que se cumpre um ano sobre a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa e um dia antes de a redução da Taxa Social Única (TSU) para empresas ser submetida a apreciação parlamentar.
“Não fugimos aos debates e aos desafios, por mais difíceis que sejam. E, pelo facto de não termos subscrito o acordo, não admitimos que a CGTP seja afastada de se pronunciar sobre qualquer proposta, venha ela de onde vier”, afirmou Arménio Carlos, à saída do encontro com o Presidente da República.
Questionado sobre algumas propostas que possam estar em cima da mesa como alternativa à redução da TSU, o sindicalista não se alongou e disse apenas esperar que estas sejam apresentadas pelo Executivo.
“O Governo que apresente as propostas, cá estaremos para nos pronunciar”, disse apenas, sublinhando que a CGTP é “livre de acordar e discordar”.
Ainda sobre as empresas, Arménio Carlos desvalorizou as preocupações em torno dos micro e pequenos empresários, por considerar que “a esmagadora maioria das empresas tem condições para aumentar o salário mínimo nacional”e que o foco das preocupações deveria ser “a distribuição da riqueza”.
Arménio Carlos assinalou que "a CGTP não foi parte do acordo" de concertação social que estabeleceu uma redução de 1,25 pontos percentuais da taxa social única (TSU) paga pelas entidades empregadoras como compensação para a subida do salário mínimo nacional (SMN) de 530 para 557 euros.
"Perante isto, naturalmente que não compete à CGTP apresentar propostas. Ou seja, quem criou o problema agora deve apresentar as soluções. Nós cá estaremos a seguir para depois analisar as soluções, as supostas soluções que serão apresentadas e depois nessa altura nos pronunciarmos", acrescentou.
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