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Marcelo diz que descida da TSU seria sinal para investimento privado

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reiterou hoje o seu apoio à descida da Taxa Social Única (TSU) para os empregadores, considerando que seria um sinal em termos de investimento privado.

Marcelo diz que descida da TSU seria sinal para investimento privado
Notícias ao Minuto

22:52 - 22/01/17 por Lusa

Economia Presidentes

"Era um sinal, é um sinal, não é só para as empresas, elas próprias ou para as IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social] ou para as Misericórdias em termos da sobrecarga do pagamento de salários em relação ao pessoal próprio, era um sinal em termos de investimento privado", afirmou o chefe de Estado, em entrevista à SIC, a primeira que concedeu desde que foi eleito para o cargo, a 24 de janeiro de 2016.

Na próxima quarta-feira serão debatidas e votadas na Assembleia da República apreciações parlamentares de PCP e BE que pedem a eliminação da descida da TSU para os empregadores em 1,25 pontos percentuais (aprovada em concertação social, com exceção da central sindical CGTP, a par do aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) de 530 para 557 euros), que deverão ser aprovadas com o voto favorável do PSD.

Lembrando que sempre defendeu "convictamente" esta medida, Marcelo Rebelo de Sousa relacionou-a ainda ao crescimento económico, sublinhando que "é preciso crescer economicamente e, para isso, é preciso investimento".

"Para haver crescimento é preciso criar condições para investimento cá dentro e lá fora", disse, considerando que a redução da TSU seria um sinal para a economia poder crescer mais.

Escusando-se sempre a fazer uma antevisão do que poderá acontecer com o 'chumbo' da descida da TSU no parlamento e alertando que "está por provar que o efeito útil que é salvaguardar" as Pequenas e Médias Empresas, as IPPS e as Misericórdias não possa atingido "por outra via", Marcelo Rebelo de Sousa recordou o processo que se desenrolou até ao acordo de concertação social.

"Vale a pena fazer a história da realidade", disse, recordando que o Governo queria aprovar unilateralmente por decreto a fixação do salário mínimo nacional em 557 euros e que o Presidente da República se "bateu" para que a medida fosse objeto de acordo com os parceiros sociais.

"Foi um processo difícil", admitiu, confessando que durante muito tempo se convenceu que o acordo era inviável.

"Era difícil também porque o Governo é minoritário", notou, lembrando que, além disso, em 2012 (quando foi aprovada uma medida idêntica), o maior partido da oposição (PS) estava vinculado ao memorando da 'troika'.

Agora o PSD "não tem nenhuma vinculação, é livre de votar como quer", notou, recusando, contudo, comentar a decisão dos sociais-democratas de votarem favoravelmente os diplomas do BE e do PCP que pedem a eliminação da descida da TSU para os empregadores.

"Em qualquer caso chegou-se a um acordo em concertação social, só isso tem mérito, vamos esperar para ver o processo até ao fim", disse, recusando a ideia de que o 'chumbo' da redução da TSU para os empregadores possa ser apontado como "um falhanço" para o próprio Presidente da República, que sempre defendeu a medida.

Na entrevista, conduzida pelos jornalistas Ricardo Costa e Bernardo Ferrão, Marcelo Rebelo de Sousa voltou ainda a recuperar os apelos que fez na mensagem de Ano Novo sobre a necessidade do país crescer mais.

"Precisamos de mais exportações e investimento", defendeu, congratulando-se que as últimas previsões da Universidade Católica e do ISEG já apontarem para números próximos dos 2%, falando num crescimento de 1,6 ou 1,7%.

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