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Acionistas aprovaram há dois anos venda da PT Portugal à francesa Altice

Os acionistas da PT SGPS, atual Pharol, aprovaram há dois anos a venda da PT Portugal aos franceses da Altice, marcando uma nova etapa na vida da operadora de telecomunicações, que um dia teve como como objetivo tornar-se uma grande empresa lusófona.

Acionistas aprovaram há dois anos venda da PT Portugal à francesa Altice
Notícias ao Minuto

11:22 - 21/01/17 por Lusa

Economia Negócio

Em 22 de janeiro de 2015, numa assembleia-geral de mais de quatro horas, os acionistas -- entre os quais o Novo Banco, a Ongoing, a Visabeira e a Controliveste (Global Media Group) - aprovaram a venda da PT Portugal, detida pela brasileira Oi desde o aumento de capital feito em maio de 2015.

Pelo meio, houve a queda do Banco Espírito Santo (BES), que afetou seriamente a PT, já que era seu acionista de referência, e ainda houve lugar ao lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) pela Terra Peregrin, da empresária angolana Isabel dos Santos, sobre a PT SGPS (atual Pharol SGPS), que acabou por ser abandonada em dezembro de 2014.

Mas, voltando um pouco atrás, é preciso recordar que, na sequência da venda da sua posição na operadora brasileira Vivo à empresa espanhola Telefónica, a PT entrava no capital da Oi, em 2010.

Mais tarde, em 02 de outubro de 2013, a PT e a Oi assinaram um acordo de intenções para fusão das duas empresas e das 'holdings' da operadora brasileira, constituindo uma entidade única liderada por Zeinal Bava, fazendo com que, em 2014, quase 20 anos depois de ter sido iniciada a sua privatização (1995), a Portugal Telecom entrasse num novo ciclo, com a união dos ativos.

A ideia era criar "um operador de telecomunicações multinacional de matriz lusófona e ambição global", nas palavras do então presidente executivo e 'chairman' da PT, Henrique Granadeiro, mas em 2015 esse 'sonho' estava enterrado, com o fim do BES e a saída dos gestores da operadora, que posteriormente seriam alvo de processos lançados pela Pharol SGPS, e a venda à Altice.

"Não queremos apenas uma empresa com presença no Brasil e em Portugal, mas sim uma empresa de raiz lusófona que tem por base os 250 milhões de falantes de língua portuguesa", afirmava Granadeiro que, dez meses depois destas afirmações, acabaria por renunciar a todos os cargos na PT, após ter sido tornado público o investimento de 897 milhões de euros da 'holding' em papel comercial da Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES).

Em 30 de junho de 2014, a PT SGPS assumia o investimento e isso seria o detonador da mudança que a operadora iria sofrer nos meses seguintes, com a Oi exigir esclarecimentos sobre a aplicação financeira. O primeiro impacto é o afastamento de Henrique Granadeiro do Conselho de Administração da nova operadora lusófona.

Em seguida, o BES, tal como era conhecido, deixou de existir: divide-se a instituição entre o banco 'mau' e o Novo Banco, este último ainda por vender. E a operadora não resistiria à crise do seu acionista de referência: os acionistas da PT aprovam um novo acordo com a Oi, que passou de processo de fusão para combinação de negócios; Zeinal Bava deixou a Oi; e a PT Portugal, dona da Meo e do Sapo, que tinha passado para as mãos da Oi, foi colocada à venda.

Há dois anos, no dia da aprovação da venda à Altice, o presidente do grupo Ongoing (entretanto em insolvência), Nuno Vasconcelos, afirmava-se triste pelo desfecho da PT Portugal.

Já o presidente da PT SGPS na altura, João Mello Franco, afirmava que a venda tinha sido "a melhor solução". Por sua vez a Altice classificava a operação como uma "excelente notícia".

O ministro da Economia da altura, António Pires de Lima, dizia esperar que a PT Portugal encontrasse nos novos investidores "um acionista estável e com capital para desenvolver a empresa, aquilo que precisamente a empresa não teve nos últimos anos, e que corresponda a um virar de página".

Desde 02 de junho de 2015, a PT Portugal é uma subsidiária do grupo Altice, que fornece serviços de telecomunicações.

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