O progresso das negociações entre Banco de Portugal e interessados na compra do Novo Banco satisfaz o Governo, mas os avisos do Ministério das Finanças sobre as condições e o valor da venda repetem-se.
Nas primeiras declarações oficiais após ser anunciado o favoritismo norte-americano na corrida ao 'banco bom' do antigo BES, o ministério liderado por Mário Centeno lembrou que "sempre destacou que este processo de venda a investidores privados deve assegurar que não existirá impacto nas contas públicas ou encargos para os contribuintes" e recordou a importância de "assegurar que a operação de venda acautele o impacto nas responsabilidades do sistema financeiro para com o Fundo de Resolução"; as palavras expressam mais um aviso quanto aos alegados valores envolvidos, que estarão muito abaixo do valor investido pelo Estado no resgate e criação do Novo Banco.
"O Governo espera que o aprofundamento das negociações que agora se inicia permita concluir com celeridade este processo e que assegure a continuidade estável e duradoura da instituição financeira, com papel muito relevante no financiamento da economia e, em especial, das Pequenas e Médias Empresas", frisam as Finanças.
Ainda assim, o Governo de iniciativa socialista "destaca desde já o facto de, segundo o Banco de Portugal, existirem neste momento várias propostas para a aquisição do Novo Banco" e "dá boa nota" de que "os potenciais investidores manifestaram desde já disponibilidade para aprofundar as negociações", de forma a contornar as várias condicionantes apontadas como obstáculos ao acordo final de venda.
[Notícia atualizada às 13h30]