Troca de SMS com Centeno? É isto que António Domingues tem a dizer
O ex-presidente da CGD António Domingues contou hoje que mandou uma SMS ao ministro das Finanças porque as notícias que davam conta da sua continuação no banco até à chegada da nova administração não eram verdadeiras.
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Economia Comissões
Em declarações hoje aos deputados na Comissão parlamentar de Economia e Finanças, António Domingues falou das mensagens que trocou nos últimos dias com Mário Centeno e que terminaram com a sua não aceitação em prolongar o mandato à frente da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Esta troca de mensagens telefónicas veio relatada nos jornais nos últimos dias e hoje e perante perguntas dos deputados, Domingues deu explicações públicas sobre o que se passou.
Segundo o gestor, a 27 de dezembro o ministro das Finanças mandou-lhe uma SMS a dar conta de que precisava de falar-lhe, conversa que apenas se concretizou a 29 de dezembro, após o jantar, e em que Centeno o questionou sobre a sua disponibilidade para prolongar o mandato, que deveria terminar a 31 de dezembro de 2016, para que o banco público não ficasse sem presidente enquanto é aguardada a entrada em funções da nova equipa de gestão, que será liderada por Paulo Macedo, ex-ministro da saúde do Governo PSD/CDS-PP de Passos Coelho.
"Se isso é um aspeto importante para a estabilidade da Caixa e para o Governo, mas eu não posso anular unilateralmente a minha rescisão, falem com os meus advogados e se encontrarem uma solução capaz a minha disponibilidade é total", contou António Domingues, relatando a sua conversa com o governante.
Domingues contou que no dia seguinte, 30 de dezembro, recebeu uma SMS de um administrador da sua equipa questionando se afinal ia continuar as funções, tendo sido apenas então que se apercebeu das notícias que davam conta de que ia continuar em funções.
Sem uma solução jurídica apresentada pelo Ministério das Finanças, Domingues disse que na segunda-feira mandou uma SMS a Mário Centeno.
"Tenha paciência, mas o que está a ser transmitido não é o que se passou e o melhor é corrigir", afirmou Domingues perante os deputados.
A solução, entretanto, encontrada para o funcionamento da CGD foi o banco público continuar a funcionar com os três administradores que não apresentaram a demissão, Tudela Martins, Ravara Marques e Pedro Leitão.
Da informação conhecida até agora, o Banco Central Europeu ainda não deu 'luz verde' aos nomes da nova administração, apesar de o Governo esperar que chegue em breve.
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