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Atividade industrial na China cresce ao ritmo mais rápido em quatro anos

A atividade industrial chinesa expandiu ao ritmo mais rápido em quase quatro anos em dezembro, no que é entendido como um sinal de saúde da segunda maior economia do mundo, indica um estudo da revista financeira Caixin.

Atividade industrial na China cresce ao ritmo mais rápido em quatro anos

© Getty Images

Lusa
03/01/2017 07:03 ‧ há 8 anos por Lusa

Economia

Estudo

O Purchasing Managers' Index (PMI) da Caixin, focado nas pequenas empresas, superou expetativas com 51.9 em dezembro, acima dos 50.9 no mês passado.

Quando se encontra acima dos 50 pontos, o PMI sugere uma expansão do setor, pelo que abaixo dessa barreira pressupõe uma contração de atividade. O PMI é tido como um importante indicador mensal do desenvolvimento da segunda maior economia do mundo.

Este foi o valor mais alto desde janeiro de 2013, informou a revista financeira independente numa declaração conjunta com o agregador de dados IHS Markit.

"A atividade industrial económica continuou a melhorar em dezembro, com a maioria dos sub-índices a parecerem otimistas", disse o analista da Caixin Zhong Zhengsheng em comunicado.

No domingo, o PMI oficial, focado nas fábricas e minas de grande dimensão, atingiu 51.4 em dezembro, abaixo dos 51.7 no mês anterior, que marcou o maior crescimento em dois anos.

A estabilização da economia do país, no entanto, enfrenta riscos face à possibilidade de aplicação de taxas aduaneiras mais elevadas à China com a chegada à Casa Branca de Donald Trump.

O crescimento da economia chinesa vai abrandar para 6,5% em 2017 e a moeda do país vai continuar a desvalorizar-se, face ao dólar norte-americano, previu no mês passado o principal instituto de pesquisa do país.

A previsão surge depois de anunciados, no início de dezembro, vários indicadores positivos para a segunda maior economia mundial.

Contudo, a economia "continua a sofrer uma cada vez maior pressão negativa", afirmou a Academia Chinesa de Ciências Sociais (ACCS).

A ACCS anunciou as previsões durante uma conferência de imprensa, realizada anualmente, três dias após os líderes chineses se terem reunido para debater a economia.

Os líderes prometeram resolver problemas urgentes, sobretudo nos grupos estatais vistos como improdutivos e no setor imobiliário, afetado por uma 'bolha' especulativa.

No último ano, o ACCS previu que a economia cresceria 6,7% em 2016.

A previsão tem-se confirmado, com o crescimento económico a fixar-se em 6,7%, o mais baixo desde o pico da crise financeira, ao longo de três trimestres consecutivos.

Para o próximo ano, o ACCS prevê o ritmo mais lento da meta de crescimento definida por Pequim para o período entre 2015 e 2020 - entre 6,5 e 7%.

Seria também o ritmo mais lento desde 1990, quando a economia do país cresceu 3,9%.

Pequim está a encetar uma transição no modelo de crescimento do país, visando maior ênfase no consumo doméstico, em detrimento das exportações e investimento, que asseguraram três décadas de trepidante, mas "insustentável", crescimento económico.

O aumento do consumo interno deve abrandar de 10 para 9,5%, em 2017, refere o ACCS.

O país enfrenta ainda vários desafios, como excesso de capacidade de produção em empresas estatais obsoletas e fuga de capital.

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