Negociador da Autoeuropa lamenta que figuras importantes sejam esquecidas
O chefe da equipa que negociou a vinda para Portugal da Autoeuropa, Neto da Silva, lamentou hoje que os responsáveis pela atração e negociação do projeto da indústria automóvel não tenham sido referidos na cerimónia dos 25 anos.
© Global Imagens
Economia Neto da Silva
Na sexta-feira, assinalaram-se os 25 anos da fábrica da Autoeuropa, em Palmela, Setúbal, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, que falaram no papel de Mira Amaral neste projeto, uma vez que era então ministro da Indústria do Governo de Cavaco Silva.
Para o ex-político e empresário Neto da Silva, o responsável ministerial máximo pela atração deste projeto para Portugal foi Fernando Faria de Oliveira uma vez que a "responsabilidade completa quer na captação do investimento e da negociação era exclusiva do Ministério do Comércio e Turismo", que Faria de Oliveira então tutelava.
"Mira Amaral, que considero que foi um grande ministro e por quem tenho admiração, só teve papel depois da negociação concluída, quando se começou a fazer o investimento no terreno", afirmou, já que era nessa segunda fase que era preponderante a função do Ministério da Indústria.
António Neto da Silva foi, enquanto secretário de Estado de Faria de Oliveira, o chefe da equipa que negociou as condições da instalação do projeto Ford-Volkswagen em Portugal, liderando as rondas negociais ao longo de nove meses até que em julho de 1991 foram assinados os contratos de investimentos e incentivos.
Este ex-governante disse à Lusa que então faziam parte da equipa negociadora, pelo lado das autoridades portuguesas, Miguel Athayde Marques, Helena Cunha Torres e Madalena Oliveira e Silva pela agência para o investimento ICEP e Luis Palma Féria pelo instituto de apoio às empresas IAPMEI.
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