Meteorologia

  • 23 ABRIL 2024
Tempo
22º
MIN 13º MÁX 24º

Angola evitou crise igual à da Venezuela resistindo à pressão do FMI

Angola resistiu à pressão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para desvalorizar o kwanza e mesmo assim conseguiu evitar uma crise semelhante à da Venezuela, afirmou hoje o governador do banco central.

Angola evitou crise igual à da Venezuela resistindo à pressão do FMI
Notícias ao Minuto

16:31 - 08/12/16 por Lusa

Economia Moeda

Valter Filipe Silva, que participou hoje num seminário no Instituto Real de Relações Internacionais, conhecido por Chatham House, em Londres, referiu como desde meados deste ano que o Banco Nacional de Angola aplicou uma política monetária mais restritiva para controlar a inflação e a taxa de câmbio para o dólar.

A quebra do preço do petróleo determinou uma "redução drástica" das receitas do Estado em cerca de 60% nos últimos anos, o que resultou numa "inflação galopante" que chegou em setembro aos 40% em setembro, e uma crise de divisas.

Entre as medidas aplicadas, referiu o aumento do coeficiente das reservas obrigatórias, de 25% para 35%, a subida da taxa de juro base, de 12% para 14% e posteriormente para 16%, e a disponibilização de 600 milhões de dólares mensais de divisas para o sistema financeiro.

Isto, disse o governador do Banco Central de Angola, permitiu regularizar pagamentos em atraso e estabilizar a importação de bens alimentares, medicamentos e matérias-primas.

"Este trabalho foi feito em conjunto com o FMI e o Banco Mundial", afirmou, revelando que o único ponto de discórdia foi a desvalorização do kwanza.

"O FMI entendia que devíamos desvalorizar o kwanza, mas nós entendemos que não tínhamos condições no contexto macrofinanceiro.  As medidas criadas conseguiram criar um ambiente de estabilidade financeira", reivindicou.

A inflação está controlada, devendo subir este ano até aos 42%-45% e descer no próximo ano para os 15%, acredita Valter Filipe Silva.

O responsável indicou também que a taxa de câmbio do kwanza no mercado informal, que chegou aos 600 kwanzas por dólar e está atualmente nos 450 kwanzas, iniciou uma tendência decrescente e deverá reduzir o diferencial para a taxa de câmbio formal, fixada em 165 kwanzas/dólar.

Segundo o governador do banco central angolano, o país "estava diante de uma crise financeira, crise económica e crise social".

Porém, congratulou-se, na última reunião com o FMI, foi feito um relatório positivo sobre a economia angolana porque aquilo que estava previsto que Angola iria estar numa crise cambial semelhante à Venezuela".

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório