Meteorologia

  • 20 ABRIL 2024
Tempo
23º
MIN 15º MÁX 23º

Paulo Macedo, o gestor que deu provas na banca, Fisco e Saúde

O antigo ministro da Saúde Paulo Macedo, com carreira feita no BCP e que se destacou como diretor geral dos Impostos, foi a aposta do Governo para assumir as rédeas da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Paulo Macedo, o gestor que deu provas na banca, Fisco e Saúde
Notícias ao Minuto

07:10 - 03/12/16 por Lusa

Economia Perfil

Apesar de estar ligado à banca desde que entrou para o BCP em 1993, foi no papel de diretor geral dos Impostos, cargo para o qual foi convidado durante o Governo de Durão Barroso, em 2004, pela então ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite, e no qual se manteve com o executivo de José Sócrates, que Paulo Macedo saltou para a ribalta.

Na altura, o gestor formado no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) em 1986 conviveu com um misto de elogios ao trabalho desenvolvido na Direção Geral dos Impostos ao longo de três anos e de críticas relacionadas com a elevada remuneração que auferia no momento da requisição ao BCP (cerca de 23 mil euros), isto, depois de ter sido aprovado o Estatuto de Pessoal Dirigente da Função Pública, que impedia a existência de salários superiores aos do primeiro-ministro.

Em 2007, após ter terminado a sua comissão de serviço nos Impostos, foi para diretor-geral do BCP, o grupo financeiro no qual fez boa parte da sua carreira, passando pela direção da unidade de marketing estratégico, da secção comercial de cartões de crédito, da rede de comércios e empresários e no gabinete do euro no centro corporativo.

Paulo Macedo, 53 anos, chegou a vice-presidente do conselho de administração executivo do Millennium BCP, o maior banco privado português que era na altura liderado por Carlos Santos Ferreira (ex-CGD), antes de aceitar o convite para integrar o executivo liderado por Pedro Passos Coelho, com a tutela do Ministério da Saúde.

De resto, enquanto esteve na banca, o gestor esteve várias vezes ligado de forma mais ou menos próxima ao setor da saúde, já que foi administrador de empresas do grupo BCP como a Médis, empresa que gere seguros de saúde.

Mais recentemente, depois de ter deixado o cargo de ministro da Saúde, Macedo foi nomeado administrador da Ocidental Vida, sendo também o presidente da Comissão Técnica Vida da Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Após a renúncia de António Domingues à presidência da CGD, no domingo passado, o responsável era o nome mais falado para assumir a liderança do banco estatal e, na última quarta-feira, quando participava num evento do setor segurador, foi questionado pelos jornalistas sobre se tinha sido convidado pelo Governo para o cargo, ou se estaria disponível para o aceitar.

De forma inflexível mas educada Paulo Macedo escusou-se a prestar quaisquer declarações sobre a matéria.

A confirmação oficial chegou hoje, através de um comunicado do Ministério das Finanças, que revelou que o Governo convidou Paulo Macedo para presidente executivo e Rui Vilar para 'chairman' da CGD, tendo ambos aceitado os convites.

Na nota do ministério tutelado por Mário Centeno, é referido que o Governo está, em conjunto com Paulo Macedo e Emílio Rui Vilar, "a trabalhar na definição da composição do restante Conselho de Administração" da Caixa, reiterando que "o processo de nomeação do novo Conselho de Administração da CGD segue assim o seu curso normal".

Em agosto, o executivo de António Costa estabeleceu um acordo de princípio com a Comissão Europeia sobre a estratégia de recapitalização da CGD em condições de mercado compatíveis com a ausência de uma ajuda de Estado.

Com este acordo, o Estado ficou autorizado a realizar um aumento de capital até 2.700 milhões de euros, a transferir as ações da ParCaixa para a CGD no valor de 500 milhões de euros, e a converter em ações 960 milhões de euros de instrumentos de capital contingentes subscritos pelo Estado (CoCos). Ficou ainda prevista a emissão de instrumentos de dívida com elevado grau de subordinação, no montante de cerca de 1.000 milhões de euros.

O processo de recapitalização da CGD vai estar concluído no primeiro trimestre do próximo ano, de acordo com o executivo socialista.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório