Recuperação da zona euro "depende da política monetária expansiva" do BCE
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, advertiu hoje que a recuperação da zona euro "depende da política monetária expansiva de dinheiro barato" e disse que agora não se pode baixar a guarda.
© Reuters
Economia Mario Draghi
"A recuperação no crédito é facilitada por um setor bancário mais forte mas o ímpeto vem da nossa política monetária", afirmou Draghi para pedir prudência na análise das perspetivas.
Draghi sublinhou, ao intervir num congresso da banca em Frankfurt, que as medidas aplicadas pelo BCE se transmitem de forma efetiva e apoiam o crescimento e a inflação.
Estas medidas contribuirão para aumentar a taxa de inflação em meio ponto percentual, em média, em 2016 e 2017 e ao aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) real em mais de um ponto e meio percentual de forma acumulada entre 2015 e 2018, segundo o banqueiro italiano.
"Noutras palavras, a política monetária continua a ser um ingrediente chave no cenário de reflação (regresso dos preços ao nível anterior de forma artificial) que prevemos para a zona euro nos próximos anos", segundo Draghi.
O presidente do BCE citou outros dos fatores que obrigam a entidade a estar vigilante, além dos riscos geopolíticos, a baixa rentabilidade dos bancos e a baixa inflação.
Draghi considerou que é necessário continuar alerta apesar da recuperação do crescimento e do emprego porque a persistente interrupção na produção mantém a dinâmica da inflação fraca.
A inflação homóloga da zona euro subiu em outubro uma décima para 0,5%, o máximo desde há quase dois anos mas muito abaixo do objetivo do BCE, que é uma taxa de quase 2%, recordou Draghi.
O BCE espera que a inflação suba nos próximos meses mas por fatores estatísticos porque no ano passado o preço do petróleo desceu muito.
"Não vemos um fortalecimento consistente das dinâmicas dos preços subjacentes", disse o presidente do BCE.
"O nosso objetivo é que continue a ser uma taxa de inflação abaixo mas muito próxima de 2% a médio prazo", disse o presidente do BCE.
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