Reabilitação urbana depende das "pérolas" dos centros históricos
O economista José Manuel Félix Ribeiro defendeu hoje que, para captar investidores, o mercado da reabilitação urbana em Portugal tem de "apostar em pérolas", ou seja, nos centros históricos com capacidade para atrair as "classes criativas americanas".
© Global Imagens
Economia Félix Ribeiro
Atualmente, as "pérolas" são os centros históricos de Lisboa e do Porto, mas existe "um conjunto de paisagens, aldeias abandonadas e cidades em perda de importância", no interior e centro de Portugal, que podem ser transformadas num produto imobiliário, referiu o economista.
José Manuel Félix Ribeiro adiantou que a reabilitação de "pérolas" portuguesas pode ser vendida junto de "classes criativas americanas", uma vez que são pessoas "sedentas de história e de passado" que não têm nos Estados Unidos da América.
"Ir para a Europa não vale a pena, porque cada país tem o seu passado, agora os americanos não têm nenhum", advogou o economista, à margem do 19.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC), que decorre em Lisboa, subordinado ao tema "Responder às Exigências do Mercado da Reabilitação".
Para José Manuel Félix Ribeiro, "a oferta é a chave" do crescimento da reabilitação urbana.
Além do crescimento, o mercado da reabilitação enfrenta desafios na competitividade e na atratividade, bem como no emprego e no rendimento, declarou o economista.
"O que determina o crescimento futuro numa pequena economia aberta como Portugal é o investimento, que lhe permita competir e prosperar no futuro e na economia globalizada", indicou.
Segundo José Manuel Félix Ribeiro, é necessário "ampliar a oferta de bens, serviços, conteúdos e conceitos ao exterior", atraindo rendimento vindo do exterior que dinamize o mercado interno e valorizando o território com infraestruturas de conectividade internacional -- digital e física -- necessárias a quem queira vender no exterior.
O economista referiu ainda que tem de existir instituições que assegurem a qualidade dos recursos humanos, mantendo um nível regular de investimento na edificação residencial, turística, comercial e para os serviços.
"O setor da construção tem muito futuro e não é um setor não transacionável na totalidade, pode ser devido à globalização um setor altamente exportador", frisou o economista.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com