Empresas de resíduos do grupo EGF em greve na segunda-feira
A recolha e seleção de resíduos estará afetada na segunda-feira no interior centro, norte do Alentejo e Península de Setúbal devido a uma greve de trabalhadores de três empresas do grupo EGF -- Empresa Geral de Fomento, informaram hoje sindicatos.
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Economia Protestos
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), na segunda-feira fazem greve, entre as 00:00 e as 24:00, os trabalhadores da Amarsul (Península de Setúbal), da Valnor (25 concelhos dos distritos de Castelo Branco, Santarém e Portalegre) e da Resiestrela (14 concelhos dos distritos de Guarda e Castelo Branco).
Também os trabalhadores da EMARP - Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão paralisam na segunda-feira e na quarta-feira "para exigir dois dias completos de descanso semanal e contra as discriminações no tratamento dos períodos de descanso atribuídos nos diferentes sectores da empresa", realçou o STAL.
De acordo com o STAL, as principais reivindicações destes trabalhadores das três empresas do grupo EGF são o aumento dos salários e dos subsídios de refeição e de transporte, a atribuição do subsídio de turno, um seguro de saúde e de vida para todos os trabalhadores em condições iguais e respeito pela categoria profissional e pelos conteúdos funcionais dos trabalhadores, e a garantia de condições de saúde e segurança a todos os trabalhadores.
Com a greve da Amarsul serão afetados os ecoparques de Setúbal, Palmela, Seixal e Sesimbra e a recolha seletiva, ficando afetada a recolha dos resíduos sólidos na Península.
De acordo com a União dos Sindicatos de Setúbal, a greve "tem a ver com o facto de a administração da Mota-Engil [acionista] ter efetuado a distribuição dos dividendos (cinco milhões de euros) pelos acionistas e querer congelar o salário de quem contribuiu de forma decisiva para a obtenção dos referidos lucros".
Diogo Júlio, da União de Sindicatos do Norte Alentejano (USNA), admitiu à agência Lusa que a greve na Valnor, com cerca de 150 trabalhadores, pode afetar a recolha, tratamento e a reciclagem de lixo, "com maior repercussão nas cidades".
A empresa opera em 25 concelhos dos distritos de Castelo Branco, Santarém e Portalegre.
Já a greve na Resiestrela, com cerca de 70 trabalhadores, vai afetar a triagem de resíduos nos concelhos de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso.
A EGF é responsável pela recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos urbanos, através de 11 sistemas multimunicipais (empresas) de norte a sul do país, em cujo capital entram também os municípios, com 49%.
O seu processo de privatizaçãodesenvolveu-se através de um concurso público internacional, lançado no primeiro trimestre de 2014 pelo anterior Governo, tendo ficado concluído em julho de 2015 com a aquisição de 95% do capital (que pertencia à Águas de Portugal) por parte do consórcio SUMA, que integra a Mota-Engil.
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