Indústria nacional abranda em setembro
Os sinais negativos da economia portuguesa não se limitam ao clima económico. O setor secundário também abrandou no mês passado, apesar de continuar a crescer.
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Economia INE
Depois do crescimento de 2,1% em agosto, o índice de produção da indústria nacional subiu apenas 1,8% em setembro. A variação traduz um abrandamento no setor secundário, provocada em grande parte pelo crescimento mais fraco dos segmentos da energia e dos bens de consumo.
O relatório estatístico divulgado esta manhã pelo INE revela que no caso da energia, a variação homóloga situou-se em 10,4% em setembro (20,3% no mês anterior), enquanto o agrupamento de bens de consumo passou de -0,3% em agosto para 2,5% em setembro.
O agrupamento de bens de investimento apresentou "o contributo negativo mais intenso" (-0,5 p.p.) para a variação do índice agregado, resultante de uma taxa de variação de -3,7% (-5,8% em agosto), tendo o agrupamento de bens intermédios também registado um contributo negativo (-0,2 p.p.), originado por uma variação homóloga de -0,6% (-1,3% no mês anterior).
Quanto ao índice da secção das indústrias transformadoras, passou de uma variação homóloga de -1,1% em agosto para 0,2% em setembro, com a secção de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio a subir 13,6% (variação de 26,3% no mês anterior) e a secção das indústrias extrativas a diminuir 21,9% (-14,8% em agosto).
Em termos de variação mensal, o índice de produção industrial recuou 0,4% em setembro, taxa idêntica à de agosto.
Neste caso, os contributos negativos dos agrupamentos de bens de consumo e de energia (-1,2 p.p. e -0,7 p.p., respetivamente), resultantes de variações mensais de -3,8% e de -3,6%, pela mesma ordem, superaram os contributos positivos dos agrupamentos de bens de investimento e de bens intermédios (1,0 p.p. e 0,5 p.p.), originados por taxas de variação de 7,5% e de 1,4%.
No que se refere ao índice da secção das indústrias transformadoras, passou de uma variação mensal de 0,3% em agosto para -1,3% em setembro.
A taxa de variação da secção de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio foi de -3,7%, 9,2 p.p. abaixo do mês anterior, e a secção das indústrias extrativas foi a única que registou uma variação mensal positiva (5,1%), ainda assim inferior em 10,5 p.p. à de agosto.
No terceiro trimestre de 2016, o índice agregado aumentou 0,9% face ao trimestre homólogo (taxa igual à observada no trimestre anterior), tendo o agrupamento de energia sido o único com taxa de variação positiva, que passou de 14,2% no segundo trimestre para 13,8%, e o agrupamento de bens de investimento apresentado a variação negativa mais intensa (-3,9%, -1,3% no trimestre anterior).
A secção das indústrias transformadoras passou de uma variação de -1,8% no segundo trimestre para -1,5% no terceiro trimestre e a variação trimestral da secção de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio fixou-se em 18,7% (22,4% no trimestre anterior).
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