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"Orçamento passa em Bruxelas mas não por boas razões"

A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, afirmou hoje que a proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) vai ser aprovada pela Comissão Europeia, "mas não necessariamente pelas boas razões".

"Orçamento passa em Bruxelas mas não por boas razões"
Notícias ao Minuto

13:20 - 27/10/16 por Lusa

Economia Teodora Cardoso

"Se tivesse de apostar, diria que [o OE2017] passava [em Bruxelas], mas não necessariamente pelas boas razões. Chumbar um orçamento é extremamente difícil, é um bocado como as sanções. Toda a gente fala delas, mas é difícil implementar e, com o orçamento que temos, isso seria ainda mais difícil", afirmou Teodora Cardoso numa conferência hoje em Lisboa, organizada pela Ordem dos Economistas, acrescentando que "o orçamento não justificaria o chumbo liminar de maneira nenhuma".

No entanto, a economista considera que "há uma discussão permanente sobre as décimas de ponto que o défice tem de se reduzir, se vai ou não reduzir, e se é através das despesas ou das receitas", o que, segundo argumentou, "contribui para uma enorme instabilidade da economia e da confiança dos investidores".

Para Teodora Cardoso, uma parte do problema passa de facto pelo "próprio conceito de saldo estrutural", que exclui o ciclo económico e as medidas temporárias e que é usado por Bruxelas para aferir a consolidação efetivamente realizada pelos países.

"De facto, o saldo estrutural não é observável e eu acho que o saldo estrutural não devia ser um indicador taxativo (...) porque não inclui uma série de coisas que são importantes e que vão determinar o crescimento potencial da economia", reiterou.

Contudo, a presidente do Conselho de Finanças Públicas recordou que "tudo isto foi aprovado" por Portugal e que o país "tem de ter isso em conta".

"Mas, ao aprovarmos, não somos obrigados a andar neste jogo do gato e do rato mensal com a Comissão Europeia. A necessidade de estabilização das finanças públicas é um dado adquirido e isso não tem a ver com as regras europeias. Há uma parte que é responsabilidade nossa", concluiu.

Na mesma conferência, o ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou que, desde dezembro do ano passado que todos os meses o Governo português tem tido informação e tem tido de prestar também informação, referindo-se às previsões, às missões pós-programa, aos relatórios pós-programa, às cartas e aos processos sobre sanções.

"Desde dezembro, todos os meses tivemos algum entretenimento sobre esta matéria. Os votos que eu faço é que em dezembro deste ano apenas festejemos o Natal", disse o governante.

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