'Bênção' da DBRS garantiu regresso aos mercados tranquilo para Portugal
Valor de financiamento pretendido pelo Estado foi atingido e com juros consideravelmente mais baixos do que na última emissão comparável.
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Economia Leilão
Menos de uma semana depois do rating da dívida portuguesa ter ficado inalterado na DBRS, os mercados deram sinais de confiança ao Estado. O leilão de dívida desta manhã acabou com mais mil milhões de euros nas contas públicas, o valor máximo pretendido pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na venda de Obrigações do Tesouro a cinco anos.
De acordo com os dados do Banco Carregosa, Portugal conseguiu reduzir os custos de financiamento médio para os 1,751%, juros muito inferiores ao 1,87% da última emissão semelhante realizada em agosto.
A procura caiu ligeiramente em relação à venda de há dois meses, mas apenas devido ao menor retorno esperado pelos investidores.
"Portugal beneficiou da descida de taxas das últimas semanas. Basta lembrar que a 7 de outubro esta dívida, no mercado, tinha os juros a 2,07%", lembra Filipe Silva, do Banco Carregosa.
O diretor de gestão de ativos está confiante que o sucesso do leilão "é mais um passo para baixar o custo médio do financiamento do país" e também "um sinal de que os investidores acreditam na manutenção do rating da DBRS".
"Aliás, tudo continuará a correr bem enquanto o BCE continuar a comprar a dívida portuguesa", conclui o analista.
Para Marisa Cabrita, "depois de ultrapassado o factor de risco DBRS, Portugal assegurou a elegibilidade para o programa de compras do BCE, levando assim à redução do prémio de risco".
A gestora de ativos da Orey Financial considera o leilão um sucesso, mas lembra que "existem outros desafios para a economia portuguesa, com especial destaque para as expectativas de crescimento modesto, tal como afirma a Fitch".
[Notícia atualizada às 11h05]
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