Banca: DBRS elogia estratégia pública, mas capitalização ainda preocupa
Depois de ter mantido o rating da dívida portuguesa na passada sexta-feira, a agência canadiana volta a falar da economia nacional.
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Economia Relatório
Os elogios são parciais, mas existem. A DBRS assume que "as medidas tomadas pelo Governo português para estabilizar a banca poderão eliminar algumas incertezas e preocupações", mas volta a lançar avisos sobre aquilo que define como "dois grandes desafios".
"Em primeiro lugar, os bancos portugueses precisam de reduzir os elevados níveis de crédito malparado. Em segundo lugar, sente-se uma pressão nos níveis de capitalização devido ao contexto de baixas taxas de juro, perspetivas de crescimento fracas e cada vez mais regulação", revela a agência de notação canadiana num relatório divulgado esta manhã.
A DBRS cita a incapacidade de vender o Novo Banco como o principal problema "que está a evitar a recuperação da confiança dos investidores no sistema bancário", mas reconhece que a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e as mudanças nas regras de financiamento do Fundo de Resolução foram fatores positivos para reduzir a incerteza.
O problema do crédito malparado é apontado como um peso enorme nos balanços financeiros da banca, que impede os níveis de capital de chegar aos valores necessários para garantir a solvência mesmo nos cenários mais complicados: "Na nossa visão, são necessárias medidas legislativas adicionais para acelerar a limpeza dos balanços da banca e facilitar a gestão dos ativos problemáticos da banca".
Para melhorar a capitalização dos bancos, a DBRS fala do famoso 'banco mau', que poderia "ajudar a acelerar a limpeza dos balanços financeiros" dos bancos através da transferência dos ativos 'tóxicos'.
[Notícia em atualização]
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