Fergus McCormick e Adriana Alvarado são duas figuras de proa na DBRS. O diretor do departamento de ratings soberanos e a analista da agência para Portugal falam com regularidade da situação política e económica nacional, e as declarações de ambos têm um enorme peso nos mercados. 

No dia em que a DBRS volta a pronunciar-se sobre a notação portuguesa, seis meses depois da revisão de abril, o Economia ao Minuto recorda com a ajuda da agência Lusa as frases mais significativas dos representantes da DBRS nos últimos meses: 

Fergus McCormick- 16/08/2016 

"Há sinais de que o crescimento económico no terceiro trimestre também será pobre. O crescimento baixo significa que haverá um desafio maior da perspetiva da consolidação orçamental." 

"Irão os partidos de extrema-esquerda que apoiam o Governo dar o seu apoio a mais medidas de consolidação orçamental? E será que apoiarão uma recapitalização bancária se for necessário? Não é claro se assim será." 

Fergus McCormick - 17/08/2016 

"As nossas preocupações quanto a Portugal continuam a estar centradas no nível elevado da dívida pública e privada, num contexto de fraco crescimento económico. A estimativa rápida [das contas nacionais do Instituto Nacional de Estatística] de 12 de agosto aumentou as nossas preocupações quanto às perspetivas de crescimento, que parecem estar a diminuir, com sinais de que o terceiro trimestre também poderá ser fraco." 

Adriana Alvarado - 13/09/2016 

"O crescimento do Produto Interno Bruto tem sido abaixo do esperado. Veremos se há o compromisso com o PEC [Programa de Estabilidade e Crescimento]." 

"Se um programa de assistência reforçar a capacidade de um governo de cumprir com o pagamento da sua dívida, então poderá ser positivo em termos de classificação de crédito." 

Fergus McCormick - 06/10/2016 

"Estão mesmo num ciclo vicioso, presos ao baixo crescimento e têm grandes problemas estruturais. Não estamos em pânico. Temos uma tendência estável, mas preocupo-me com o médio prazo para Portugal." 

Fergus McCormick - 11/10/2016 

"Há uma desaceleração significativa da atividade económica, por isso não é justo que nos concentremos apenas em Portugal. Estamos a olhar para a região inteira, estamos preocupados com o fraco crescimento em toda a Zona Euro."