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"Orçamento continua marcado pela ditadura do défice"

No final da reunião de concertação social, Arménio Carlos criticou o Orçamento do Estado para o próximo ano, garantindo ainda que a polémica que envolve a questão do ‘imposto Mortágua’ é um problema que “não existe”.

"Orçamento continua marcado pela ditadura do défice"
Notícias ao Minuto

15:01 - 18/10/16 por Patrícia Martins Carvalho

Economia Arménio Carlos

Arménio Carlos foi bastante crítico quanto ao documento apresentado pelo Executivo de António Costa na última sexta-feira.

Na sede do Conselho Económico Social, em Lisboa, o líder da CGTP frisou que “este Orçamento continua a ser marcado pela ditadura do défice e pela obsessão da dívida”.

“É um Orçamento que deixa o país refém do défice e da dívida e nós não podemos continuar a aceitar sem manifestar a nossa oposição e sem exigir mudanças no que respeita a situações como aquela que se pode verificar no próximo ano, que é o facto de os encargos com os juros da dívida andarem na ordem dos 8 mil milhões de euros e termos de pagar mais 1.600 milhões pelas Parceria Publico-Privadas”, explicou.

Nesta senda, o sindicalista fez as contas e concluiu que “estamos a falar de 9,6 mil milhões de euros”, um valor que, sublinhou, é “mais do dobro do que aquilo que o Estado vai fazer em termos de investimento público”.

Quanto ao Salário Mínimo Nacional (SMN), Arménio Carlos assegurou que transmitiu ao Governo o facto de que, “independentemente do aumento do SMN, tem que se promover o aumento dos restante salários”, explicando que se o primeiro “não for acompanhado de outras medidas o que teremos é que as grelhas imediatamente acima do SMN serão absorvidas por ele e teremos trabalhadores com diversas competências e experiências a ganhar o mesmo”.

No que diz respeito aos impostos indiretos, o secretário-geral da CGTP afirmou que “se estamos a falar do IVA são [impostos] injustos”, pois todos pagam o mesmo independentemente dos respetivos rendimentos.

Por outro lado, quando se fala no imposto sobre os imóveis, Arménio Carlos é perentório: “Está a levantar-se um problema onde ele não existe. A progressividade dos impostos tem que ser um princípio básico”.

Nesta senda, o sindicalista não se poupou nas críticas ao Governo liderado por António Costa.

“Há insuficiência de resposta por parte do Governo em relação aqueles que deviam pagar impostos e não pagam”, referindo-se às “pessoas que têm movimentações ou negócios no setor imobiliário”.

Em jeito de conclusão, Arménio Carlos defendeu que “deve haver um englobamento de todos os rendimentos”, pois se “isto for feito é evidente que se vai fazer mais justiça fiscal e justiça social”.

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