Parque Expo continua em processo de liquidação
O Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), apresentado hoje, contempla as contas da sociedade Parque Expo, referindo que ainda se encontra "em processo de liquidação".
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Economia Sociedade
O documento, que foi entregue hoje pelo Governo na Assembleia da República, indica que a Parque Expo foi uma das sociedades que contribuíram para o "decréscimo de 10,3% verificado no subsector Entidades Públicas Reclassificadas".
A Parque Expo, que está sob tutela do Ministério do Ambiente, apresenta uma despesa prevista para 2017 de 24,5 milhões de euros, o mesmo valor da receita.
A extinção da Parque Expo, empresa pública criada para gerir a Expo'98, foi anunciada em 2011 pela então ministra do Ambiente, Assunção Cristas, tendo a governante afirmado que aquela sociedade "cumpriu a sua função e que [restava] a extinção", já que a gestão urbana da zona tinha passado para a Câmara de Lisboa e o Pavilhão Atlântico foi vendido a privados.
Em dezembro de 2015, a Parque Expo informou que tinha amortizado antecipadamente o empréstimo obrigacionista total ao Estado, com o pagamento de 9,8 milhões de euros.
O balanço à data da dissolução (30 de setembro de 2014) indicou um ativo no valor de 131,4 milhões de euros, com destaque para o Oceanário de Lisboa, o Pavilhão de Portugal, créditos a receber da Câmara Municipal de Lisboa e lotes de terreno à venda.
O passivo atingiu então o montante de 232,3 milhões de euros, sendo o capital próprio negativo de 100,9 milhões de euros.
Em outubro de 2014, os acionistas decidiram que o processo de dissolução da empresa - criada em 1993 para conceber a Expo'98 e a reconversão urbanística do agora denominado Parque das Nações - deveria ocorrer, no máximo, em dois anos.
Nessa altura, os acionistas designaram a comissão liquidatária, que lhes deveria submeter "uma proposta de plano de liquidação no prazo de um mês", com John Michael Crachá do Souto Antunes como presidente e João Manuel Pereira Afonso como vogal.
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