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Embraer poderá fechar acordos com EUA e Brasil para resolver corrupção
A Embraer está perto de completar acordos com os Estados Unidos e autoridades brasileiras para resolver alegações de corrupção que vêm desde 2011 e podem envolver a companhia aérea moçambicana, divulgou hoje a agência Bloomberg.
© Reuters
Economia Transportes
Os acordos finais serão realizados com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Comissão de Valores Mobiliários daquele país, com um procurador federal brasileiro e o mercado regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os termos incluem possíveis multas, deferimento de um acordo de acusação e a imposição de um monitor independente para avaliar o cumprimento em conformidade do que foi estabelecido e já descrito em julho, de acordo com um comunicado da companhia aérea brasileira.
Colocar a Embraer sob observação ajudaria a restaurar a administração do chefe executivo da empresa, Paulo César de Souza de Silva, que substituiu Frederico Curado este ano.
A empresa faz referência a um comunicado em que anunciou uma provisão de perdas de 200 milhões de dólares (181,5 milhões de euros) no trimestre encerrado em 30 de junho de 2016, refletindo o provável desfecho da questão.
O jornal Folha de São Paulo divulgou, na quinta-feira passada, que a companhia aérea estava a ser investigada por suspeita de ter pago subornos para vender aviões a uma companhia aérea de Moçambique.
O ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Carlos Mesquita, disse na sexta-feira passada que o seu Governo vai apurar a veracidade das informações sobre alegada corrupção na compra pelas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) de aviões Embraer.
As autoridades judiciais moçambicanas, segundo o ministro dos Transportes e Comunicações, darão o devido tratamento a eventuais indícios da prática de crime na compra dos aviões.
A fabricante brasileira teria pagado o suborno após vender dois jatos Embraer 190 para a LAM (Linhas Aéreas de Moçambique), em 2008. A LAM é controlada pelo governo de Moçambique, que tem 80% das suas ações.
A Embraer tem duas fábricas em Évora, um investimento de 180 milhões de euros, e um centro de engenharia e tecnologia que entrou em funcionamento em 2014.
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