Em comunicado, o presidente da confederação, Reis Campos, notou serem habituais as discussões políticas antes da apresentação das contas públicas, "porém, o momento atual exige consensos".
Para o dirigente, "a controvérsia, a especulação e a incerteza, como já este ano aconteceu, tem efeitos nefastos, sobretudo quando assenta no anúncio de medidas de aumentos da tributação", o que "abalou severamente a confiança dos investidores".
"Não podemos colocar tudo em causa por questões como a necessidade de aumentar a receita fiscal no imediato, ou mesmo por motivos de natureza política", argumentou o líder da CPCI, sublinhando a necessidade de relançar o investimento, assegurar a equidade e a estabilidade fiscal.
Nas notas sobre qual deverá ser o conteúdo do OE, a CPCI acrescentou a necessidade de se "definir um enquadramento legislativo adaptado às necessidades dos agentes económicos" e de "criar e manter um quadro de segurança e de confiança para os investidores".
"Se assim não for, dificilmente poderemos vencer o desafio do crescimento e do emprego", lê-se ainda no comunicado, no qual a CPCI indica ser esta a "última oportunidade para recolocar Portugal na rota do crescimento e da criação de emprego".