TAP deverá fazer acordo de partilha de voos com chinesa HNA
A TAP deverá fazer um acordo de partilha de voos com o grupo HNA, que a partir de junho terá a primeira ligação direta entre a China e Portugal, à semelhança do que faz com três dezenas de outras companhias.
© Reuters
Economia Ligação
A partilha de voos, designado 'codeshare', é um acordo de cooperação pelo qual uma companhia aérea transporta passageiros cujos bilhetes tenham sido emitidos por outra empresa, com o objetivo de disponibilizar aos passageiros mais destinos do que uma só companhia aérea poderia isoladamente.
Na prática, a TAP deverá vir a comercializar diretamente voos para a China - nos aviões da HNA - e a companhia aérea chinesa também poderá vender voos da TAP, por exemplo, para o Brasil ou África.
A chinesa HNA, a maior companhia aérea privada chinesa, é acionista da companhia aérea Azul, que é controlada pelo empresário David Neeleman - um dos donos da TAP, através do consórcio Atlantic Gateway, que integra também o empresário português Humberto Pedrosa.
Na terça-feira, o Turismo de Portugal anunciou que a ligação aérea direta da China a Portugal arranca em junho de 2017, com três a quatro frequências por semana, de acordo com o protocolo assinado entre este organismo e o grupo HNA (Beijing Capital Airline).
No final de setembro, David Neeleman anunciou que a TAP se preparava para lançar em cooperação com o grupo chinês HNA quatro voos diretos semanais entre Lisboa e Pequim.
Nessa altura, o empresário brasileiro e norte-americano explicou que o grupo HNA só pretendia fazer dois voos semanais, mas que as conversações permitiram chegar aos quatro, revelando ter esperança que a frequência aumente no futuro.
"Há 120 milhões de pessoas que viajam para fora da China todos os anos, nós só queremos 1% ou um pedaço de 1%, já seria muito bom para Portugal", afirmou então David Neeleman.
A HNA obteve autorização para lançar uma rota para Portugal no início de junho deste ano.
O desenvolvimento da negociação da ligação direta China -- Portugal é uma parceria entre três entidades portuguesas - o Turismo de Portugal, a ANA Aeroportos e a Associação Turismo de Lisboa (ATL).
De acordo com o Turismo de Portugal, até julho de 2016, e face ao mesmo período de 2015, o número de turistas chineses que visitaram Portugal cresceu 21,6%, tendo passado de 87.045 em 2015 para quase 106.000 em 2016.
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