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"Não percamos oportunidade de transformar intenções em ações concretas"

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil, Marcos Pereira, instou hoje, durante a conferência ministerial do Fórum Macau, a China e os países de língua portuguesa a transformarem intenções em ações concretas.

"Não percamos oportunidade de transformar intenções em ações concretas"
Notícias ao Minuto

09:26 - 11/10/16 por Lusa

Economia Fórum

"Não percamos a oportunidade de transformar intenções em ações concretas. Este é portanto o momento de engajamento de todos nós, espero podermos criar condições que possibilitem mais comércio, mais investimento entre nós, assim como mais cooperação entre todos os nossos países, gerando emprego e renda [receita]", disse, durante o discurso na V Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum Macau.

Marcos Pereira lançou o apelo após destacar a assinatura do plano de ação 2017-19, saído da conferência, e do memorando de entendimento com a China no setor de serviços, o primeiro documento assinado entre o Brasil e o seu principal parceiro comercial depois da confirmação do governo do Presidente Michel Temer.

"Esses dois documentos servirão de guia para as nossas ações no âmbito do Fórum", afirmou o ministro, manifestando ter "a convicção da importância" do encontro e das oportunidades que se apresentam.

"Eu não tenho dúvidas de que nesta conferência teremos a oportunidade de estimular a troca de experiências entre órgãos e agências governamentais e de discutir meios de intensificar o comércio e os investimentos entre os nossos países, alem de avaliar oportunidades de negócios durante o encontro empresarial", realçou.

Marcos Pereira dedicou a grande parte da intervenção ao "momento especial" que o Brasil atravessa: "Temos consciência do tamanho e do peso da responsabilidade que nós carregamos mas também estou convicto de que o momento é de esperança e de retomada da confiança no Brasil. O caminho que temos pela frente é desafiador, mas conforta saber que o pior já passou".

"Superamos a crise política e estamo-nos esforçando para fazer a roda da economia girar", disse o ministro, defendendo que, em pouco mais de cinco meses, o Presidente brasileiro Michel Temer, tem demonstrado um compromisso "notório e corajoso com as medidas necessárias à criação de um ambiente económico mais favorável aos negócios".

Neste âmbito, deu o exemplo da polémica emenda constitucional, conhecida como PEC 241, que visa impor um teto e congelar o aumento dos gastos públicos no país por 20 anos, que foi aprovada na segunda-feira pela Câmara dos Deputados do Brasil.

O executivo vê a PEC 241 como fundamental para conter o crescimento do endividamento interno, que hoje responde por cerca de 70% do Produto Interno Bruto.

A proposta coloca um limite em todos os gastos governamentais, que só poderão ser corrigidos pela inflação do ano anterior.

"É um grande avanço. Todas as agências, todos os analistas de mercado apontam esta como a principal medida para o Brasil voltar ao crescimento. O novo ciclo de desenvolvimento que se inicia agora é sustentado por reformas profundas e inadiáveis", disse, elencando nomeadamente as reformas laboral e tributária.

O comércio externo também figura no "centro da agenda prioritária do governo", prosseguiu o ministro, considerando que "o Brasil é ainda relativamente pouco aberto ao comércio exterior".

"A participação do setor externo no Produto Interno Bruto é moderada, no patamar de 27% - percentual abaixo daqueles encontrados nos principais parceiros comerciais, sejam eles países desenvolvidos ou em desenvolvimento".

"A dimensão da nossa economia não encontra correspondência no tamanho das nossas exportações", sustentou, 'puxando' dos números: "o Brasil é atualmente a nona economia do mundo e apenas o 25.º país em termos de comércio exterior".

Neste sentido, "parece-me imperativa a necessidade de realizar a integração plena e económica brasileira no comércio internacional por meio de cadeias de valor, buscando a celebração de acordos de livre comércio, sejam eles bilaterais ou regionais, em todas áreas económicas relevantes", concluiu Marcos Pereira.

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