A história da startup que valia 8 mil milhões e agora vale quase nada
Theranos era vista como uma das empresas mais promissoras do mundo da saúde. No entanto, várias polémicas e fraudes comprovadas acabaram por transformar o sonho em pesadelo.
© Getty Images
Economia Estados Unidos
Elizabeth Holmes estava em alta há cerca de um ano. Vista como uma das mulheres mais poderosas e ricas dos Estados Unidos, a fundadora da Theranos baseava toda a credibilidade e fama numa invenção com o potencial de mudar o mundo: uma tecnologia capaz de utilizar uma quantidade minúscula de sangue para as análises clínicas.
Tudo parecia estar a correr como planeado e a empresa chegou a valer cerca de 8 mil milhões de euros; foi então que tudo mudou. Uma investigação das autoridades farmacêuticas norte-americanas descobriu várias irregularidades nos estudos e testes científicos da Theranos, que apontavam para uma fraude.
A confirmação chegou já este ano: a tecnologia que servia de base à criação da Theranos não funciona e não existe qualquer perspetiva de vir a funcionar nos próximos anos.
Elizabeth Holmes tem tentado reduzir os estragos, mas a fuga dos investidores e a incapacidade de criar novas tecnologias acabou por lançar a Theranos na incerteza. A líder da empresa norte-americana anunciou hoje que irá fechar vários laboratórios e centros clínicos, para além de despedir 340 trabalhadores de forma a controlar os custos e "reestruturar a empresa de acordo com um modelo alinhado com os atuais valores e missão".
A perda de metade da força de trabalho e o encerramento de vários locais de pesquisa coloca a Theranos numa posição de grande fragilidade e não afasta a possibilidade de futura dissolução de uma startup que há apenas um ano parecia ter potencial para tornar-se uma das empresas mais valiosas do setor da saúde.
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