Brexit afunda libra para mínimos de 31 anos
A moeda britânica continua a queda livre e parece não haver fim à vista. Intenções de saída 'dura' da União Europeia fazem prever dificuldades para a economia do Reno Unido.
© Reuters
Economia Divisas
Os mercados ditam a lei e a libra esterlina, normalmente uma das moedas mais seguras para os investidores, está a sentir na 'pele' os efeitos da desconfiança crescente com o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.
Nos dias que se seguiram ao referendo, a queda foi rápida e levou a libra a níveis pouco vistos nas últimas duas décadas. Face ao euro e ao dólar, as perdas foram inquestionáveis, mas acabaram por desaparecer quando os efeitos na economia britânica se mostraram menos graves do que o previsto.
Ainda assim, os riscos mantinham-se e acabaram por vir à superfície este fim de semana: a primeira-ministra Theresa May, substituta de David Cameron anunciou a intenção de sair da União Europeia de forma 'dura' a partir de março do próximo ano. Este cenário significa que o Reino Unido irá cortar relações mais rapidamente, arriscando ficar sem qualquer acordo comercial com dezenas de países e abrindo a possibilidade de um controlo mais apertado nas fronteiras e entradas de imigrantes.
As previsíveis dificuldades da economia britânica no seguimento da saída da União Europeia provocaram um noo movimento de venda da libra e aposta nas rivais diretas, vistas como mais estáveis. A expectativa de um aumento das taxas de juro nos Estados Unidos e de uma maior estabilidade da economia norte-americana torna o dólar mais atraente e os resultados estão à vista: a libra atingiu hoje o valor mais baixo face à moeda dos Estados Unidos da América desde junho de 1985.
Na comparação com o euro, a libra caiu para o nível mais baixo desde outubro de 2011 e promete mais perdas até ao início do processo oficial do Brexit.
[Notícia atualizada às 09h45]
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