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Financiamento é essencial para o investimento em São Tomé e Príncipe

O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, considerou hoje que o financiamento dos grandes projetos é a questão essencial para o investimento no arquipélago, defendendo a implementação de mais parcerias público-privadas.

Financiamento é essencial para o investimento em São Tomé e Príncipe
Notícias ao Minuto

15:47 - 30/09/16 por Lusa

Economia Patrice Trovoada

"Precisamos de ir à procura do dinheiro; os estudos para os grandes projetos em STP estão feitos, estão prontos para ser apresentados às instituições financeiras privadas, que são aquelas onde existe maior dificuldade de convencimento", disse o primeiro-ministro são-tomense, à margem do seminário Oportunidades de Negócio em São Tomé e Príncipe.

O encontro, que decorre hoje em Lisboa, serviu para o governante são-tomense apresentar o país aos investidores, defendendo que há espaço para as grandes empresas e também para as Pequenas e Médias Empresas e que deve haver parcerias público-privadas com o apoio do Estado.

"Estou confiante que podemos ir encontrar financiamento, e que, juntamente com os instrumentos proporcionados pelo Governo português, teremos sucesso", disse o primeiro-ministro.

Antes, já a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação portuguesa, Teresa Ribeiro, tinha salientado que existe um "plano de investimento externo da União Europeia de 3,3 mil milhões de euros, com os quais se espera alavancar 65 mil milhões de euros para investimentos, sobretudo em África e nos vizinhos da Europa".

Na intervenção no seminário, Teresa Ribeiro foi taxativa, dizendo que "o investimento e o dinheiro não serão um problema"; o que pode acontecer, ressalvou, "é haver incapacidade para desenhar projetos passíveis de serem financiados pela banca".

Antes, na intervenção de mais de uma hora, Patrice Trovoada tinha apresentado um conjunto de incentivos ao investimento no arquipélago, destacando que o novo código fiscal, que entrará em vigor até final do ano, prevê um "IRC entre os 15 e os 20%" e uma redução para os 10% para os novos negócios que sejam criados longe dos centros urbanos do país.

A isenção de taxas aduaneiras para a importação de madeira e dos seus derivados, "para preservar a floresta local", e as isenções para as áreas da saúde e da educação, foram outras das medidas apresentadas por Patrice Trovoada.

Ainda na intervenção, o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe salientou que todos os estudos financeiros apontam para um retorno de pelo menos 23% sobre o investimento feitos nos grandes projetos, entre os quais se contam os 400 a 500 milhões de dólares para o novo porto de águas profundas e os 160 milhões previstos na construção do novo aeroporto internacional.

O financiamento, concluiu, tem de ser internacional devido à dimensão do país, que conta com 200 mil habitantes e um PIB abaixo dos 250 milhões de dólares: "a banca nacional cobra juros de 17%, e ninguém ganha dinheiro a pagar juros de 17%", vincou.

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