Oferta grossista da PT "é na prática um pedido de comparticipação"
O presidente executivo da Vodafone, Mário Vaz, criticou hoje a oferta grossista da PT de fibra ótica aos concorrentes, afirmando que "é, na prática, um pedido de comparticipação e financiamento integral" da rede da PT.
© Reuters
Economia Mário Vaz
"Penso que a oferta não é feita à Vodafone Portugal, mas sim à Fundação Vodafone Portugal, porque o nível de preços e a exigência que é colocada à Vodafone, na prática, é um pedido de comparticipação e financiamento integral da rede da PT", disse Mário Vaz durante o debate "Estado da Nação das Comunicações", no encerramento do 26.º congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) .
A PT Portugal, dona da Meo, anunciou em março passado que empresa passaria então a ter uma oferta 'wholesale' [grossista] de fibra, tendo afirmado na altura que esperava que os operadores concorrentes fizessem o mesmo.
Ao anúncio seguiram-se as críticas da Vodafone e hoje Mário Vaz voltou à carga: "Nós temos respondido sempre, mas há ali um problema de endereçamento das propostas".
Mário Vaz disse ainda que "a oferta comercial significa uma proposta" e lembrou que esta vem desde março "e não evoluiu absolutamente nada, o que já de 'per si' denota que não está resolvida".
Já o presidente executivo da PT Portugal, Paulo Neves, contrapôs: "Temos uma não oferta porque os preços não são bons? Espero alguma coisa também de quem tem fibra".
O presidente executivo da PT referiu ainda que a operadora mantém disponibilidade da oferta e que reiterou que espera que os concorrentes façam o mesmo.
"Aceitamos reciprocidade. Façam-nos uma oferta que nós aceitamos igual", disse Paulo Neves.
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