'Bolhas' voltam aos mercados. E há razões para estar preocupado
Apenas oito anos depois de ter rebentado a crise financeira mundial mais grave desde a Grande Depressão, os investidores vêm-se confrontados com novos problemas por razões já conhecidas.
© Reuters
Economia Imobiliário
Os grandes líderes mundiais fizeram promessas e garantiram repetidamente que o contexto de baixa regulação e demasiada liberdade que permitiu a criação da 'bolha' do imobiliário não iria voltar a repetir-se, mas quando o mundo ainda recupera da queda do Lehman Brothers e da Grande Recessão de 2008, já estão a nascer mais problemas.
Os primeiros sinais de aviso surgiram na China, onde o aumento descontrolado do endividamento e dos preços das casas nas grandes metrópoles está a desequilibrar o mercado e a criar um contexto que o homem mais rico da China classificou em entrevista à CNN como "a maior 'bolha' da História".
Wang Jianlin, dono do Grupo Dalian Wanda, garantiu esta semana em entrevista à televisão norte-americana que está a reduzir os investimentos imobiliários, para evitar perdas históricas quando o mercado 'rebentar'.
As soluções do governo chinês para resolver os problemas não resultaram até agora e o pior é que a China não é o único mercado a preocupar os analistas.
A Bloomberg garante que algo muito semelhante está a acontecer na Dinamarca, um mercado onde o imobiliário está já acima dos níveis anteriores à crise financeira. As preocupações aumentam quando se percebe que o país do Norte da Europa é a nação mais endividada de toda a OCDE e mantém a tendência de aumento.
Helge Pedersen, economista-chefe do banco Nordea garantiu à Bloomberg que está "com medo que surjam problemas de liquidez" e que está a ser criado "um péssimo cocktail" de fatores. "É reconhecidamente difícil prever uma 'bolha'. A maior parte das 'bolhas' não foram detetadas antes de rebentarem, por isso é importante fazer soar os alarmes já", garante o especialista.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com