Atrasos no financiamento abrandam crescimento de São Tomé para 4%
O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou hoje que a economia do arquipélago de São Tomé e Príncipe (STP) deverá crescer quatro por cento este ano, abaixo dos 5% inicialmente previstos, devido principalmente aos atrasos no financiamento externo.
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Economia FMI
"A economia de São Tomé e Príncipe continua a ter um bom desempenho, não obstante alguns desafios. Estima-se que o crescimento do PIB em 2016 se situe em 4%, ligeiramente abaixo dos 5% projetados no âmbito do programa", lê-se na declaração emitida pelo FMI no final da visita ao paús, na segunda avaliação do programa económico trienal ao abrigo da Facilidade de Crédito Alargado.
"Tal facto fica essencialmente a dever-se aos atrasos nos financiamentos externos em vésperas das eleições presidenciais, que tiveram um impacto negativo na execução dos projectos de investimento financiados com recurso a fundos externos; os constrangimentos no abastecimento do mercado resultantes das pressões sobre a oferta de divisas; e ainda o fraco crescimento do crédito", lê-se no documento emitido no final da visita dos peritos, liderados pelo chefe de missão Maxwell Opoku-Afari.
Para os analistas do Fundo, a economia tem "um bom desempenho", mas enfrenta desafios: "As perspetivas de crescimento a curto prazo mantêm-se favoráveis, na medida em que o Governo continua a envidar esforços para ultrapassar as atuais limitações no abastecimento do mercado que afectaram a importação de capital e de bens intermédios", o que deverá levar a inflação dos 4% inicialmente previstos para os 5,5% no final do ano.
"Até ao final de Junho de 2016, o desempenho global ao abrigo do programa apoiado pelo ECF foi, em termos gerais, satisfatório, apesar de se terem verificado alguns atrasos e derrapagens antes das eleições de julho", concluiram no relatório, que será debatido pelo conselho de administração do FMI em dezembro.
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