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"Foi possível reduzir IVA da restauração sem aumentar IVA na hotelaria"
Primeiro-ministro discursou na cimeira do turismo português, onde abordou questões como o investimento e a redução de custos das empresas.
© Global Imagens
Economia António Costa
Discursando na cimeira do turismo português, o primeiro-ministro António Costa puxou de uma das bandeiras do seu Executivo - a redução do IVA na restauração para dizer que, ao contrário do que "alguns receavam", a diminuição na receita proveniente desse imposto, não fez o Governo aumentar o IVA na hotelaria.
"Foi possível cumprir a promessa de reduzir a taxa do IVA da restauração, garantindo que essa diminuição da receita não seria compensada com aumento do IVA na hotelaria", afirmou o chefe do Executivo.
António Costa aproveitou o momento para lembrar a importância dos fundos europeus para o setor do turismo.
"Fizemos um grande esforço para acelerar a execução dos fundos comunitários. Há um ano tinham acabado de chegar 4 milhões de euros de fundos às empresas. Hoje já chegaram mais de 300 milhões", disse, sublinhando que "seguramente, até ao final do ano, chegarão 450 milhões de fundos destinados às empresas". Um anúncio que o primeiro-ministro já havia feito no Parlamento, no último debate quinzenal. Desses fundos, uma boa parte diz respeito ao setor do turismo.
Segundo o primeiro-ministro, cerca de 220 milhões de euros de projetos já estão aprovados no âmbito do Portugal 2020. "Temos de ir criando condições para o investimento, porque há vontade e disponibilidade para investir", afirmou, socorrendo-se dos últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que davam conta de um aumento de 7,7% de investimento em empresas do setor não financeiro, comparando com o 1.º semeste de 2015.
A par do investimento, António Costa acredita que o caminho a seguir é o da redução dos custos de contexto. E nesse sentido, distinguiu a recuperação do Simplex e a implementação do Simple+. "Apesar das enormes qualidades do ministro da Economia ele não poderia simultaneamente tratar da segurança interna e da necessidade de bons serviços de saúde para darmos confiança aos turistas que nos queiram visitar", atirou o primeiro-ministro, em jeito irónico.
O primeiro-ministro frisou que temos de pensar em trabalho de equipa e no Estado como uma empresa que tem de "melhorar os circuitos de todos os procedimentos", de modo a melhorar e simplificar o Estado e modernizar a administração pública.
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