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Cooperativas vitivinícolas são menos, mas mais competitivas

As adegas cooperativas em Portugal passaram de 125 para 90 nos últimos 20 anos, por problemas financeiros com a abertura dos mercados, mas as que se mantêm reestruturaram-se e são hoje bem-sucedidas a exportar para todo o mundo.

Cooperativas vitivinícolas são menos, mas mais competitivas
Notícias ao Minuto

06:19 - 25/09/16 por Lusa

Economia Adegas

De acordo com Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal (FENADEGAS), no início da década de 90 do século passado, quando eram as únicas a comercializar vinhos, existiam 125 adegas e hoje são 90.

"Na década de 90, com a abertura dos mercados e a importação de bebidas, muitas deixaram de ser viáveis economicamente e fecharam ou tiveram de se agregar", justificou a secretária-geral da FENADEGAS, Teresa Mata, para quem "a evolução do setor teria de levar ao encerramento de algumas adegas".

As que se mantêm tiveram de contratar técnicos qualificados, reestruturar-se do ponto de vista tecnológico, apostar na qualidade e certificação dos seus vinhos e alterar as suas estratégias de mercado para serem competitivas.

São os casos das adegas de São Mamede da Ventosa (Torres Vedras), a maior adega do país em volume de produção, e do Cadaval, que já começaram a receber as primeiras uvas das vindimas deste ano.

"Há 20 anos vendíamos todo o vinho a granel e não tínhamos marcas próprias. Tivemos de criar marcas, 'marketing' e tivemos de investir na modernização tecnológica, não só na parte de vinificação, mas também no engarrafamento, para conseguirmos pôr no mercado um produto de qualidade", afirmou à agência Lusa Luís Santos, presidente da Adega Cooperativa de São Mamede da Ventosa.

Por outro lado, explicou, há 20 anos a adega vendia grande parte dos vinhos no mercado nacional, enquanto hoje 95% da produção vai para exportação.

"Hoje temos mais máquinas e outros mercados para conseguirmos sobreviver", afirmou à Lusa Leopoldo Neves, presidente da Adega Cooperativa do Cadaval, que apostou ainda em vinhos regionais, de Denominação de Origem Controlada (DOC) e reservas.

A Adega Cooperativa de São Mamede da Ventosa tinha em 1995 um volume de negócios de 4,5 milhões de euros, recebia 14 toneladas de uvas para transformar em vinhos e, dessa produção, 14% era exportada.

Passados 20 anos, fatura 13 milhões de euros, tem uma produção de 27 mil toneladas e exporta 95% dos seus vinhos para mercados como China, Rússia e Estados Unidos da América.

A Adega Cooperativa do Cadaval baixou o seu volume de negócios de 3,5 para 3 milhões de euros e a produção de oito para cerca de cinco toneladas, uma redução justificada pela redução da área de vinha e de vitivinicultores naquele concelho.

Ao contrário do que acontecia há 20 anos, a cooperativa exporta parte da sua produção para países como a China, Estados Unidos da América, Canadá e Brasil.

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