Costa lembra que Passos também defendeu o 'imposto Mortágua'
O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que o presidente do PSD defendeu em 2014 a taxação sobre património e imóveis de luxo, considerando então que este era "um bom princípio social-democrata".
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Economia Primeiro-ministro
"É tão evidente que até o doutor Pedro Passos Coelho estava de acordo", afirmou António Costa, que falava no parlamento sobre um debate que tem marcado a agenda política nos últimos dias, a eventual criação de um imposto sobre o património imobiliário a incluir no Orçamento do Estado (OE) para 2017.
Costa respondia a perguntas da coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, e - definindo-se como um "moderado social-democrata desde os 14 anos" -, aproveitou para recordar palavras do líder do PSD, e ex-primeiro-ministro, proferidas em 2014 num congresso do PSD.
Já Catarina Martins teceu palavras sobre o que diz ser a "desculpa de sempre" da direita quando se avançam impostos sobre património ou imóveis de luxo: "É sempre assim. Sempre que há uma medida para combater privilégios, a direita dirá que isso faz perder investimento. É a desculpa de sempre".
O chefe do Governo criticou também PSD e CDS-PP por agora se mostrarem preocupados com, por exemplo, uma eventual quebra no investimento, mas terem sido os partidos "que mais aumentaram a carga fiscal sobre a classe média e sobre o património imobiliário".
"Não podemos aumentar a carga fiscal, mas temos de ter uma maior justiça na distribuição da carga fiscal", advertiu o primeiro-ministro.
E concretizou: "Há outras fontes de rendimento, outras formas de tributação que têm de ter maior peso para que possamos ter menor tributação nos rendimentos do trabalho.".
A coordenadora do Bloco reiterou ainda na sua intervenção em plenário a defesa do partido por um "aumento real das pensões" no Orçamento para 2017, declarando ainda que o documento está a ser negociado e os bloquistas bater-se-ão pelas suas ideias junto do Governo e do PS.
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