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OCDE melhora previsão para Brasil com recessão de 3,3% este ano e 0,3 %

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) melhorou hoje a previsão de crescimento para a economia brasileira, antecipando uma recessão de 3,3% este ano e uma ligeira contração de 0,3% em 2017.

OCDE melhora previsão para Brasil com recessão de 3,3% este ano e 0,3 %
Notícias ao Minuto

12:35 - 21/09/16 por Lusa

Economia Notícias

"A economia está numa recessão severa", escrevem os peritos da OCDE no relatório intercalar sobre as perspetivas económicas, hoje divulgado em Paris, no qual alertam que "a profunda recessão deverá continuar em 2016 e 2017, sob um pano de fundo de alta incerteza política e contínuas revelações de corrupção que estao a minar a confiança dos consumidores e empresários".

Estes dados revelam uma melhoria face aos dados de junho, quando a OCDE previa uma recessão de 4,3% este ano e uma nova contração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1,7%.

No documento, os analistas da OCDE dizem também que "com o encolhimento da economia, o desemprego deverá aumentar ainda mais, e a inflação vai gradualmente voltar aos níveis desejados devido aos efeitos dos aumentos administrativos de preço e porque as anteriores desvalorizações cambiais vão esgotar-se".

As grandes divisões políticas "reduziram as hipóteses de reformas políticas de fôlego a curto prazo e a dívida pública deverá continuar a aumentar", estimam os analistas.

A confiança na economia, concluem, "vai depender da capacidade das autoridades para implementarem um ajustamento orçamental significativo, incluindo passos para garantir a sustentabilidade do sistema de pensões e uma nova vaga de reformas estruturais".

No relatório intercalar de perspetivas, hoje divulgado, a OCDE corrigiu em baixa as suas previsões sobre os grandes países-membros, atribuindo a decisão à conjugação de fatores como o 'Brexit' e o abrandamento do comércio internacional.

"O fraco crescimento das relações comerciais e as distorções financeiras estão a acentuar o abrandamento do crescimento global da economia", lê-se no documento, que defende mais reformas estruturais.

A organização reduziu as expetativas de crescimento global do Produto Interno Bruto (PIB) para os 2,9%, o que significa uma décima menos do que a perspetiva calculada em junho e duas décimas abaixo do crescimento alcançado em 2015.

Entre os seus países-membros, as principais alterações nos últimos três meses aconteceram no Canadá (onde o aumento do PIB se limitará a 1,2%, menos cinco décimas do que o avançado no anterior relatório) e nos EUA (onde o PIB apenas deverá avançar 1,4% e não 1,8% como o previsto inicialmente).

Na zona euro, o PIB deverá avançar 1,5%, menos uma décima do que o calculado em junho, com movimentos "díspares" das suas três maiores economias: a Alemanha com 1,8% (mais duas décimas), França com 1,3% (menos uma décima) e Itália com 0,8% (duas décimas menos).

Para a OCDE, a procura interna na zona euro demonstrou debilidades no segundo trimestre e embora o crédito tenha recuperado, os empréstimos duvidosos continuam com um grande peso em alguns países.

O mercado laboral também está a demorar a crescer e, segundo a organização, "há poucos sinais de que a inflação e os salários saiam do seu estancamento".

Relativamente ao Reino Unido, os autores do relatório elevaram ligeiramente as suas perspetivas para 2016 (uma décima, para os 1,8%).

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