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Preços descem em Luanda mas efeitos cambiais continuam a pressionar

O Ministério das Finanças angolano garantiu hoje que seis em cada 10 produtos da cesta básica em regime de preços vigiados reduziram de custo em agosto em até 28%, apesar dos efeitos da crise cambial, que se mantêm.

Preços descem em Luanda mas efeitos cambiais continuam a pressionar
Notícias ao Minuto

11:26 - 21/09/16 por Lusa

Economia Finanças

De acordo com informação daquele ministério, na origem destes dados está a análise mensal de preços realizada pelo Instituto de Preços e Concorrência (IPREC), referente ao período entre julho e agosto, mês em que, pelo contrário, a inflação ultrapassou os 38,1%, a um ano, segundo o Instituto Nacional de Estatística angolano.

De entre os 33 bens de consumo que compõem esta lista de preços sob vigilância do Governo, o tomate, com 544 kwanzas (2,90 euros) por quilograma (kg), a cenoura, a 417 kwanzas (2,25 euros) por kg, a batata-doce, a 359 kwanzas (1,95 euros) por kg, ou o pão, a 52 kwanzas (28 cêntimos) por carcaça, registaram as maiores descidas nos preços, em agosto, nos supermercados.

A farinha de trigo, vendida já a 673 kwanzas (3,63 euros) por kg, o óleo de palma, a 1.480 kwanzas (oito euros) por litro, e o alho, a 4.454 kwanzas (24 euros) por kg, registaram as maiores subidas em agosto, segundo o Ministério das Finanças.

A análise do IPREC, refere ainda aquele ministério, conclui que o comportamento dos preços dos produtos varia em função da sua proveniência, com os de origem nacional a verem os seus preços evoluir em baixa, "enquanto os importados registaram subidas, de acordo com a realidade observada em agosto nos mercados da cidade de Luanda".

"O principal fator apontado como tendo estado na base da alta dos preços dos produtos importados é a escassez de divisas", sustenta o Ministério das Finanças, que tutela o IPREC.

O documento também refere que, "regra geral", os produtos em regime de preços vigiados apresentam preços mais baixos nas praças do que nos supermercados, com destaque para os bens de produção primária, como a carne, o peixe, os hortícolas e a fruta.

O Governo angolano reforçou este ano o combate à especulação de preços no país, desencadeado com a crise económica e financeira decorrente da crise cambial com a quebra nas receitas petrolíferas, mantendo uma lista de preços sob vigilância e sua formação, bem como operações de fiscalização no terreno.

A falta de divisas levou ao disparar dos preços dos produtos importados, tendo em conta a redução da produção nacional, situação que tem sido agravada pelas informações públicas de possíveis novas desvalorizações na moeda nacional até final do ano.

"A desinformação que tem assolado o mercado cambial sobre possível desvalorização, têm agravado o estado de alerta dos agentes", nota o boletim mensal, de agosto, do IPREC.

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