POUPANÇA NO MINUTO
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Imposto sobre imóveis "é um assalto fiscal"
“O novo imposto pode ser o primeiro grande erro estratégico de António Costa”, acredita Marques Mendes, que fala numa medida que incide na "classe média".
© Global Imagens
Economia Marques Mendes
Luís Marques Mendes não é recetivo ao novo imposto que se prevê que o Governo venha a aplicar sobre imóveis com um valor acima de 500 mil euros. No seu espaço de comentário na antena da SIC, o antigo líder do PSD admitiu tratar-se de um “um assalto fiscal” e de um imposto “insensato” e “criminoso para a economia”.
“Comprar uma casa implica pagar cinco impostos: um sobre os rendimentos que permitem adquiri-la, o IMT, o imposto de selo, o IMI e este novo imposto”, descreveu, atirando: “Isto é um assalto fiscal, não é justiça fiscal”.
“O novo imposto pode ser o primeiro grande erro estratégico de António Costa. Pode estar como a TSU esteve em 2011 para Passos Coelho, que afastou eleitores que nunca mais recuperou. Neste caso, o primeiro-ministro corre o risco de afastar uma quantidade enorme de investidores nacionais e estrangeiros”, entende o social-democrata.
No aspeto económico, Luís Marques Mendes coloca o foco nos investidores estrangeiros, que são assim “afastados”. “Nós temos pouquíssimo investimento estrangeiro, mas o pouco que temos é no imobiliário”, justificou.
Do ponto de vista político, admite Marques Mendes que “Bloco de Esquerda e PCP estão na sua praia, porque sempre foram a favor disto”, mas esta medida “é um problema para o Partido Socialista, que sempre foi contra este tipo de modalidade”.
Na opinião do comentador, este trata-se de um imposto que incide sobre “a classe média”, tal como o PSD já havia afirmado. A justificar este entendimento, o comentador explica que “na tradição portuguesa, as pessoas têm apetência pela propriedade”, não querendo isto dizer que sejam “ricas”.
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