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S&P desce rating da Nigéria para o mesmo nível de Angola

A agência de notação financeira Standard & Poor's Global Ratings (S&P) desceu ainda mais o 'rating' da Nigéria, a maior e mais populosa economia africana, nas vésperas da primeira emissão de dívida pública desde 2013.

S&P desce rating da Nigéria para o mesmo nível de Angola
Notícias ao Minuto

16:21 - 18/09/16 por Lusa

Economia África

De acordo com a agência de informação económica Bloomberg, a S&P desceu a avaliação que faz da dívida soberana do país em um nível, para B, cinco passos abaixo da linha de investimento, colocando-a ao mesmo nível de Angola e do Quiguistão, e mudou também a perspetiva de evolução do 'rating', de Negativo para Estável.

"A economia da Nigéria enfraqueceu-se mais do que esperámos devido à contração do mercado da produção de petróleo, uma política de reservas internacionais mais restritiva e estímulos orçamentais adiados", disse a S&P numa nota enviada aos investidores, na qual refere também que apesar de a dívida pública permanecer baixa em termos gerais, "os custos de serviço da dívida enquanto percentagem da receita fiscal são altos e estão a crescer".

A descida do 'rating' ainda mais para o nível de recomendação de não investimento ('junk' ou 'lixo', como é normalmente conhecido), surge numa altura em que a Nigéria pretende voltar aos mercados, tendo o Governo pedido aos bancos que querem gerir o negócio de mil milhões de dólares para colocarem ofertas até à próxima terça-feira.

Na semana passada, as taxas de juro exigidas pelos investidores para transacionarem os 500 milhões de dólares em títulos de dívida pública nigeriana lançados em 2013 com maturidade em julho de 2023 caíram dos 9,4& atingidos em meados de janeiro, para 6,63%, tendo oferecido aos investidores um retorno de 14%, o que compara com a média de 'lucro' de 16% dos títulos de dívida pública dos países da África subsaariana emitidos em dólares.

A descida do rating é um duro golpe para a economia da Nigéria, que está em contração nos últimos dois trimestre e deve enfrentar o primeiro ano de recessão desde 1991, de acordo com as estimativas do Fundo Monetário Internacional.

A S&P prevê que a Nigéria sofra uma recessão de 1% este ano, e depois recuperar em 2017, com uma expansão de 2% e 4% no ano seguinte, como resultado direto da descida dos preços do petróleo desde o verão de 2014 e dos ataques do grupo terrorista Boko Haram no norte do país.

Também a Moody's e a Fitch desceram a Nigéria em quatro níveis abaixo da linha de investimento no primeiro semestre deste ano.

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